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Foto: Luciano Chambinho – Parahybano

Opinião – Padre Marcos Paulo Pinalli da Costa

São João Batista veio preparar os corações para receber o Messias. Foi confundido com o Messias, no entanto deixou claro que não era digno de desamarrar as suas sandálias, cf. Mc 1,7. Nosso Deus, de fato é o Deus do impossível. Podemos comparar a história de São João Batista com a de Jesus e perceber as diferenças. João é filho de pais idosos, cuja mãe era estéril, Jesus é filho de pais não idosos, cuja mãe Maria era virgem, quando o concebeu. João nasceu de um pai que por ter duvidado ficou mudo durante a gestação da sua esposa, até escrever quando seu filho nascer, o nome do menino que ele mesmo deu, João. Já Maria, cujo “silêncio” é tão elogiado por alguns escritores, ao visitar São Zacarias e Santa Isabel, pais de João Batista, acreditou e ao invés de se calar cantou as maravilhas realizadas em sua vida.

Ambas as crianças se encontraram ainda no ventre de suas mães que eram primas. Segundo uma piedosa explicação, quando São João “pulou de alegria” no ventre de Santa Isabel, ele fazia um movimento de reverência adorando o Salvador que era gerado no Ventre de Nossa Senhora.

O próprio Jesus elogiou o nascimento de São João Batista, cuja interpretação da Igreja levou-a a inserir no calendário litúrgico. Disse Jesus: “Em verdade vos digo: entre os nascidos de mulher, não surgiu outro maior que João.” Cf. Lc 7, 28. Celebrar o nascimento de alguém, nos tempos antigos, indicava que a pessoa era muito importante, como era o caso dos imperadores romanos. Numa escala de importância, a Igreja decidiu por celebrar três nascimentos: O de Jesus Cristo, denominado Natal, o da Virgem Maria, concebida sem pecado original (08/09) e o de São João Batista (24/06), ambos denominados de Natividade.

São João Batista é referência para todos nós que queremos chegar até Jesus e para isso com a vida e a palavra nos ensina: a ter consciência da própria vocação, arrepender-se do pecado, fazer penitência e crer no evangelho, viver da providência, pregar a verdade e obedecer. Foi ainda privilégio de São João batizar o Autor do batismo, Jesus Cristo, o Filho Amado de Deus Pai, o qual devemos escutar. Por este gesto, instituiu com Ele, para toda a Igreja o sacramento do Batismo.

Enfim, do que adianta celebrá-lo no dia 24, ser devoto dele se não reconheço em Jesus o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo? Sua pregação deve ressoar no nosso deserto interior, onde, após uma silenciosa escuta, aconteça uma frutuosa conversão.

Pe. Marcos Paulo Pinalli da Costa, Pároco da Paróquia São João Batista em São João da Barra, Assistente Eclesiástico para as Irmandades e Novas Comunidades, Vigário Judicial Adjunto, Juiz do Tribunal Eclesiástico da Diocese de Campos RJ e Mestrando em Direito Canônico.

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