procissão  NS. Penha.A (80)

Foto: Antônio Cruz

Opinião – Padre Marcos Paulo Pinalli da Costa

Os bispos do Brasil estarão reunidos do dia 06 até 15 de abril deste ano na 54ª Assembleia Geral em Aparecida – SP. Dom Leonardo Steiner, em entrevista coletiva à imprensa disse “A Assembleia Geral tem por finalidade a vivência colegial dos bispos do Brasil, sendo sinal de comunhão, unidade e vida fraterna. Nos reunimos para refletir sobre o momento atual da Igreja e buscar caminhos para anunciar o Evangelho. Trata-se de uma reunião de muito trabalho, estudos, oração e partilha”.

São vários os temas a serem tratados nestes dias, porém o principal será sobre “Cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade – Sal da terra e luz do mundo”. Acerca de três anos os bispos vêm estudando sobre o laicato, mas agora será levado o material preparado pela Comissão para análise e votação dos textos.  Há uma preocupação para que o leigo seja mais atuante na sociedade, ou seja, assuma seu papel de ser “sal e luz”. A força do Evangelho deve ser anunciada pelo leigo que se faz presente nas diferentes realidades, seja no aspecto social, político e econômico.

A Constituição Dogmática “Lumen Gentium”, do Concílio Vaticano II do nº 31 até o 38 reconhece que os leigos têm função na missão da Igreja no mundo. Neste documento lemos no nº 33: “os leigos são especialmente chamados a tornarem a Igreja presente e ativa naqueles locais e circunstâncias em que só por meio deles ela pode ser o sal da terra. Deste modo, todo e qualquer leigo, pelos dons que lhe foram concedidos, é ao mesmo tempo testemunha e instrumento vivo da missão da própria Igreja, «segundo a medida concedida por Cristo» (Ef. 4,7).”.

Na minha experiência de sacerdote, alegro-me com a presença maciça dos fieis leigos nas missas dominicais e de preceito. No entanto, tais fieis devem tomar consciência da necessidade de se aprofundarem na doutrina e nos valores ensinados pela Igreja e no mundo fazerem a diferença pela fé e pelo testemunho onde quer que esteja. Não somos a Igreja onde tudo é permitido e liberado aos seus membros. Somos a Igreja cuja cabeça e fundador é o Cristo e nós seus membros, o corpo. Um corpo que muitas vezes padece, no entanto jamais será vencido. Estes homens e mulheres, cristãos leigos, respeitando a capacidade de cada um, deve participar com ardor da ação salvadora da Igreja.

Que a Virgem Maria interceda por nossos bispos em Assembleia para que fieis ao múnus de ensinar apresente-nos de modo claro o incentivo para que nossos leigos sejam imagens vivas do Cristo Ressuscitado onde quer que estejam.

Pe. Marcos Paulo Pinalli da Costa é pároco em São João da Barra, diocese de Campos – RJ e mestrando em direito canônico.

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