procissão  NS. Penha.A (80)

Foto: Antônio Cruz – Parahybano

Opinião – Padre Marcos Paulo Pinalli da Costa

Esta grandiosa e tradicional festa acontece todos os anos acompanhando a oitava de páscoa, por isto fazemos o oitavário, ou seja, oito dias de missas em honra ao Cristo Ressuscitado e Nossa Senhora da Penha, cujo domingo anterior ao Solene dia da festa a Igreja celebra o domingo da Divina Misericórdia.

A Irmandade de Nossa Senhora da Penha celebra neste ano seus 159 anos de existência, impulsionada pela devoção à Virgem Maria, aqui venerada. Somos muito gratos aos irmãos e todos os que nestes tempos têm se dedicado para que a festividade aconteça a cada ano. Afinal de contas, a Virgem da Penha é a Mãe do nosso Salvador Jesus Cristo e merece da nossa parte todo nosso reconhecimento. Por estarmos no Ano Santo da Misericórdia, nós a celebramos com o título de Mãe da Misericórdia, bem parecido com o que rezamos na oração da “Salve Rainha”.

Nossa festa da Penha está intimamente ligada à festa com o mesmo nome que acontece em Vila Velha-ES. Inúmeras embarcações saiam da nossa região levando pescadores e outros devotos de São João da Barra e Campos para aquela festa. Após enfrentar uma terrível tempestade marinha, os devotos foram salvos amparados pela intercessão da Virgem Maria, pois suas embarcações não afundaram. Desta forma, como gratidão, erigiram aqui a primeira Igreja de Nossa da Penha e começaram a fazer a própria festa. Isto no século XIX. Temos então uma singularidade na devoção em Atafona. A devoção à nossa Senhora da Penha, aqui se refere às águas e não às montanhas. Faço menção ao Oceano Atlântico e ao Rio Paraíba, fontes de sustento para muitas famílias. Fontes de sustento sim; e com a letra “P” de Penha! Daí destacamos a Pesca, o Petróleo e o Porto do Açu.

Na diocese de Campos esta festa dedicada à nossa Senhora é a que tem maior expressão e participação de fiéis. Para a Santa Missa celebrada sempre às dez da manhã, pelo bispo diocesano, esperamos cerca de dois mil fiéis e diversas autoridades. A tradicional procissão costuma ter a participação de dez mil devotos e dura cerca de três horas percorrendo as ruas de Atafona, saindo e voltando para a Igreja. Nossa festa religiosa terá ainda, procissão fluvial, batizados e o Alto de Maria.

Agradecemos ao Deputado Estadual Bruno Dauaire que no dia 22 de março deste ano conseguiu na Alerj a aprovação que tornou a procissão terrestre de Nossa Senhora da Penha patrimônio cultural imaterial do Estado do Rio de Janeiro. Ainda agradeço o apoio da Prefeitura Municipal de São João da Barra, na pessoa do Prefeito José Amaro Martins, Neco, assim como as Secretarias Municipais de Educação e Cultura, Turismo, Esporte e Lazer, Meio Ambiente e Serviços Públicos, Comunicação Social e Guarda Civil Municipal.

Anime-se e venha participar conosco deste grande ato de fé! Caríssimo irmão, devoto e peregrino, aguardo você aqui em Atafona! A Festa de Maria ficará muito mais bela com a sua presença. Peça à Mãe (Maria) que o Filho (Jesus) atende! Maria, Virgem da Penha e Mãe da Misericórdia, Rogai por nós!

Pe. Marcos Paulo Pinalli da Costa é pároco em São João da Barra, diocese de Campos – RJ e mestrando em direito canônico.

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