Prumo diz para Câmara que 34% da mão de obra ativa é de SJB e ao Parahybano afirma que 83% são moradores de Campos e São João da Barra

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Com o crescimento do desemprego na região, trabalhadores buscam vagas de emprego no Complexo Portuário do Açu, mas a conquista por vagas para a população de São João da Barra têm sido de grandes dificuldades. Com isso, o vereador Franquis Arêas fez um requerimento de nº 004/16, (aprovado dia 09 de março), solicitando à empresa Prumo, informações sobre o quantitativo de funcionários que atuam no Porto, além de seus endereços e para quais empresas trabalham.

Através de um ofício, o Sindicado dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil e Imobiliária do Norte Fluminense (STICONCIMO), solicitou ao Legislativo, a realização de uma audiência pública para tratar sobre a contratação de mão de obra local para a obra do Porto do Açu. Esse assunto gerou um grande debate na última terça-feira, 21, na Câmara de São João da Barra, que ainda não definiu a data da audiência que deverá acontecer nos próximos 15 dias.

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Foto: Parahybano

A resposta da empresa através de um documento, datado em 28 de abril, indica que são 1982 profissionais ativos, sendo 680 moradores de SJB, o que representa 34% da mão de obra ativa. Já em resposta ao site Parahybano, a assessoria da Prumo disse que possui dados precisos de seus funcionários e fornecedores diretos, onde destes 83% são moradores de Campos e São João da Barra.  Ademais, como gestora do Porto do Açu, a empresa estima que cerca de 50% de todos os trabalhadores das demais empresas integrantes do complexo industrial são originários da região.

Ainda segundo o sindicato, as empresas atuantes na construção do complexo estão retomando as contratações, mas em sua maioria, com trabalhadores residentes em Campos dos Goytacazes. A alegação dos sanjoanenses é que empresas estariam oferecendo vagas de emprego com a condicionante de o candidato ser morador da cidade vizinha, Campos dos Goytacazes. Relatos de sanjoanenses que tiveram de mudar o endereço para Campos para ter a chance de disputar uma vaga no Porto são constantes. Por outro lado, a Prumo sempre informa que as empresas do Açu têm aproveitado mão de obra local, principalmente os que participam de cursos de qualificação oferecidos pela Prefeitura em parcerias.

O vereador Carlos Machado da Silva, Kaká (PT do B) ressaltou que “o porto está em SJB, os impactos ambientais são em SJB e o emprego tem que ser daqui”. Kaká também reforçou a importância da mobilização popular. “Nós temos o poder de cobrar e estamos há tempo lutando por isso, mas a população também precisa ajudar: participando da audiência, fazendo perguntas, questionando os fatos”, observou.

Na tarde do último dia 06, o prefeito José Amaro Martins de Souza, Neco, esteve no Complexo Portuário do Açu acompanhado de diversos membros do seu estafe administrativo e dos vereadores Carlos Machado da Silva (Kaká), Elisio Alberto Rodrigues, Eziel Pedro e Franquis Arêas participando de uma reunião convocada pela administração municipal com representantes das empresas que funcionam atualmente no complexo portuário. A pauta da reunião foi empregabilidade, aproveitamento da mão de obra local e parceria para viabilizar cursos de qualificação, além de um link entre as empresas que atuam no Porto e as empresas sanjoanenses legalizadas para possivelmente fornecerem produtos ou serviços.

O secretário de Trabalho e Renda, Antônio Lopes Neves, distribuiu uma listagem contendo a quantidade de moradores do município com as áreas de atuação profissional que estão cadastrados no balcão de empregos da cidade e aproveitou a oportunidade para solicitar que todas as empresas recorram ao balcão para recrutar os funcionários, assim como algumas já fazem. O secretário também disponibilizou o espaço da secretaria para eventuais processos de seleção e/ou entrevistas das empresas. “Temos mão de obra local qualificada e estamos ofertando cursos para capacitar o sanjoanense para o mercado de trabalho, inclusive estão em andamento os cursos de almoxarife e auxiliar de logística”, relatou Antônio Neves.

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