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Foto: Leitora Cristiane – Parahybano

A modificação das estruturas abaladas das residências por conta do avanço do mar em Atafona torna mais uma vez um cenário atrativo para turistas e visitantes que presenciam a destruição no litoral de São João da Barra.

Desde o último final de semana, a variação da maré aliada à chegada de uma frente fria na região, causou pequenos pontos de alagamento próximo ao Pontal. A combinação de fatores gerou, também, avanço do mar na foz do Paraíba destruindo mais casas.

De acordo com o coordenador da Defesa Civil de São João da Barra, Adriano Assis, o monitoramento da área está sendo constante e não há possibilidade de ressaca nos próximos dias.

– Não foi necessário retirar ninguém das casas do Pontal, pois só houve um pequeno alagamento perto do manguezal -, disse Adriano.

A destruição 

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Foto: Elder Amaral – Parahybano

Segundo especialistas, o que acontece é um fenômeno de transgressão do mar, que nos últimos 35 anos avançou três metros a cada 12 meses. A cada ano o mar avança cerca de 3 metros.

Através de uma pesquisa, 15 ruas e cerca de 500 casas já foram engolidas pelo mar. Em apenas um ano, a violência do mar sumiu com uma área do tamanho de três campos de futebol.

No início dos anos 70, magníficos casarões foram sendo construídos, sendo o primeiro, da Indústria de Bebidas do empresário Hugo Aquino, na rua Capitão Nelson Pereira e assim as águas do mar vieram invadindo trechos da praia mais próximos à foz do rio, destruindo tudo que estava a sua frente.

Atafona aguarda projeto de recuperação

Se os moradores do Açu sofrem com o avanço do mar, os de Atafona já vivem com essa realidade há décadas. No ano passado, na Superintendência do Patrimônio da União (SPU/RJ), órgão ligado ao Ministério do Planejamento, o prefeito de São João da Barra José Amaro de Souza, Neco, protocolou o Projeto de Engenharia para recuperação da orla de Atafona, requerendo a licença ambiental — com a cessão da faixa de areia e espelho d’água — para execução do anteprojeto elaborado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias (INPH).

Neco também esteve em Brasília, onde conversou com políticos da região em busca de recurso para o projeto.

Além do avanço do mar, Atafona sofre com o assoreamento na foz do Paraíba, que prejudica a principal atividade econômica da praia, a pesca.

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Foto: Leitor Ítalo Barreto – Parahybano

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Foto: Leitora Cristiane – Parahybano

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Foto: Leitora Cristiane – Parahybano

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Foto: Leitor Beto – Parahybano

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Foto: Leitora Cristiane – Parahybano