Em um desdobramento da operação Príncipe do BitCoin, o Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (GAECO/MPRJ) denunciou quatro pessoas pelo crime de estelionato, através de criptomoedas. Gilson André Braga dos Santos, Ana Claudia Carvalho Contildes, Gilson Ramos Vianna e Ana Paula Contildes aplicaram o golpe da pirâmide financeira em mais cinco moradores de Campos dos Goytacazes, na região Norte Fluminense.
A denúncia do GAECO/MPRJ foi recebida em 11 de julho, pela 2ª Vara Criminal da Comarca de Campos dos Goytacazes. Segundo a ação penal, por meio da A.C. Consultoria e Gerenciamento Eireli, os criminosos causaram prejuízo de R$ 234.600,00 às vítimas. Esses crimes foram cometidos nos anos de 2020 e 2021. Os criminosos já respondem a outros processos, pelos mesmos crimes.
Com a promessa de investimento em criptomoedas e retorno financeiro de 15% a 30% ao mês, a empresa inicialmente abria contas para os investidores e realizava as aplicações no mercado financeiro por meio das chamadas contas “copy”. Como sugere o nome, é uma cópia de outra conta, que permitia aos criminosos realizarem investimentos, incluindo compras e vendas de ativos. Inicialmente, os juros dos investimentos eram pagos, de modo a dar aparência de legalidade ao trabalho desenvolvido pela A.C. Consultoria.
Ainda segundo a denúncia, após a celebração de diversos contratos, a empresa emitiu uma nota oficial comunicando que todos os contratos seriam rescindidos e os valores referentes aos mesmos seriam pagos em um prazo de 90 dias (a partir de 01 de dezembro de 2021, data da “Nota Oficial”), o que não foi cumprido.
Em outubro de 2023, o GAECO/MPRJ e a Polícia Civil, por meio da 134ª Delegacia de Polícia, deflagraram a operação Príncipe do BitCoin, com o objetivo de cumprir mandados contra os quatro denunciados. A quadrilha agia desde o ano de 2016, aplicando o golpe da pirâmide financeira envolvendo a aplicação dos investimentos no mercado financeiro. De acordo com os promotores do GAECO/MPRJ, somente por meio da A.C. Consultoria e Gerenciamento Eireli, os criminosos fizeram mais de 43 vítimas, com a promessa de retorno altíssimo e fixo para o investimento aplicado. Investigações do GAECO/MPRJ também revelaram que uma outra empresa, a Gayky Cursos Ltda, foi criada pelos mesmos criminosos para dar continuidade ao esquema.
Fonte: MPRJ