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O navio CARO (IMO: 9446879), do Reino Unido, encalhado no mar desde o último dia 9 de janeiro em uma área do Porto do Açu, em São João da Barra, foi rebocado ontem, 23. A embarcação estava carregada de minério e seguia com destino ao Bahrein quando ficou presa por mais de 44 dias. O navio CARO é um graneleiro que foi construído em 2010 (há 14 anos) e navega sob bandeira da Reino Unido. Sua capacidade de carga é de 178.006 t DWT e seu calado atual é de 18,4 metros. Seu comprimento total (LOA) é de 292 metros e sua largura é de 45 metros.

Para efetuar a manobra, foi realizado o alívio da carga, possibilitando a reflutuação do Navio. “Um plano de salvamento contendo as operações necessárias para desencalhar a embarcação foi apresentado pela empresa nomeada pelo Armador à Autoridade Marítima, que aprovou a execução. Além disso, um parecer de nada a opor às operações de salvamento foi emitido pelos demais órgãos pertinentes”, informou a Marinha em nota.

Foto: Parahybano

O Porto do Açu informou que no dia 13 de fevereiro recebeu o navio de apoio que realiza o alívio da carga do MV Caro, atividade iniciada em 16 de fevereiro, de acordo com o Plano de Emergência Ambiental e de Resposta a Incidentes executado pela Oceanpact e aprovado pelo Inea e Marinha do Brasil.

Desde o dia do incidente, as equipes do CORE prestam suporte à embarcação, encalhada a 4 quilômetros da costa, fora do canal de navegação, sem afetar o fluxo de embarcações que acessam os terminais do Porto do Açu. Importante reforçar que o navio segue em condições seguras em termos de estabilidade e não há danos a pessoas e ao meio ambiente.

Ainda segundo o Porto do Açu, a empresa prestou suporte ao armador da embarcação M/V Caro que encalhaou a 4 quilômetros da costa, fora do canal de navegação, sem afetar o fluxo de embarcações que acessam os terminais do Porto do Açu.

Motivo do incidente será investigado

Um Inquérito Administrativo sobre Acidentes e Fatos da Navegação (IAFN) foi instaurado para apurar causas, circunstâncias e possíveis responsabilidades. “Concluído o inquérito e cumpridas as formalidades legais, o mesmo será encaminhado ao Tribunal Marítimo, que fará a devida distribuição e autuação, o qual dará vista à Procuradoria Especial da Marinha, para que adote as medidas previstas no Art. 42 da Lei n° 2.180/54”, informou a Marinha.

A Marinha informou, ainda, que incentiva e considera importante a participação da sociedade, que pode ser feita pelos telefones 185 (número para emergências marítimas e fluviais, além de pedidos de auxílio), (21) 2104-6119 e (21) 97515-7895 (diretamente com o Com1oDN, para outros assuntos, inclusive denúncias).