O diretor de Projetos de Óleo e Gás do Porto do Açu, Décio Oddone, foi um dos palestrantes do 17º Seminário de Gás Natural, realizado pelo IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis) hoje no Rio de Janeiro. Cerca de 200 pessoas acompanharam a apresentação, que foi parte do painel “Repensando a indústria em um novo cenário”.
Oddone abordou as expectativas positivas para o setor previstas para os próximos anos, destacando que o país passa por um momento de grande transformação da indústria do gás. Entre os desafios do setor está a criação de mecanismos para consumir o gás associado gerado no pré-sal. “Neste novo cenário, devemos criar a infraestrutura e a regulação que permita a substituição do gás natural importado pelo gás nacional a ser produzido no offshore brasileiro. Não consigo ver um local melhor que o Porto do Açu para a instalação de um terminal GNL e para a chegada do gás offshore. Temos as melhores condições para ser um hub de gás”, disse Oddone.
Além de Oddone, a gerente comercial para o setor de gás da Prumo, Patricia Brunet, também participou da mesa de abertura. Ela foi uma das coordenadoras do evento. O Porto do Açu também foi um dos patrocinadores do evento, que é um principal do setor de gás no país.
Porto do Açu
O Porto do Açu, localizado em São João da Barra (RJ), conta com 90 km², divididos em dois terminais: o Terminal 1 (T1 – terminal offshore) e o Terminal 2 (T2 – terminal onshore), além de área para a instalação de unidades de empresas dos setores marítimo e industrial.
O T1 é dedicado à movimentação de minério de ferro e petróleo, com berços construídos em 3 km de cais. Em operação desde outubro de 2014, o terminal já recebeu mais de 100 navios de minério de ferro para a Anglo American (que opera em Conceição do Mato Dentro, em Minas Gerais) e movimentou mais de 13 milhões de toneladas deste produto. A Prumo e a Anglo American possuem uma joint venture, chamada Ferroport, que é formada 50% por cada companhia. No T1, também está localizado o Terminal de Petróleo (T-OIL), que possui capacidade para movimentar 1,2 milhão de barris de petróleo por dia e que inicia neste mês o comissionamento de carga.
O T2 é um terminal no entorno de um canal para navegação com 6,5 km de extensão, 300 metros de largura e até 14,5 metros de profundidade. As empresas Technip, NOV, InterMoor, Wartsila, Edison Chouest e BP-Prumo já estão operando suas unidades no terminal.
Somando o investimento realizado desde 2007, já foram aplicados R$ 13 bilhões no empreendimento. Deste montante, R$ 6,4 bilhões foram investidos pela Porto do Açu Operações (subsidiária da Prumo Logística), e R$ 3,7 bilhões pela Ferroport e pela Anglo American. O restante foi investido pelos clientes em seus terminais.
Fonte: Prumo