Imagens de câmeras de segurança de uma casa de shows serão analisadas.
Suspeito teria pedido para taxista passar o carro dele por uma blitz

assassino de taxista

 

Um taxista foi morto com um tiro na cabeça na madrugada desta sexta-feira (16) na Avenida das Américas, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. O crime aconteceu por volta das 4h próximo à casa de shows Barra Music.

De acordo com o comandante do 18º BPM (Jacarepaguá), tenente-coronel Cláudio Halitki, as informações iniciais que chegaram para a polícia diziam que a vítima foi morta após discutir o preço da corrida com um passageiro. No entanto, a família tem uma versão diferente. O irmão da vítima, Jonathan Rodrigues, de 32 anos, diz que o taxista foi assassinado porque teria dito a um grupo que havia uma blitz da Lei Seca nas proximidades, oferecendo seu serviço, mas nenhuma fiscalização foi encontrada.

Rafael José Rodrigues, de 31 anos, chegou a ser levado para o Hospital municipal Lourenço Jorge, também na Barra, mas morreu. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Rafael chegou à unidade às 4h40 e morreu às 5h30. Ele deixa três filhos de 10, 8 e 2 anos.

Ainda segundo a polícia, o suspeito fugiu do local no carro preto. O caso está sendo investigado pela Divisão de Homicídios (DH).

Duas versões

De acordo com a Polícia Militar, o suspeito tentava negociar previamente o preço de uma corrida com o taxista. Sem acordo, os dois discutiram. O homem, então, teria ido até um carro preto, estacionado nas proximidades, onde estavam amigos dele. Em seguida, voltou andando até o táxi e atirou no motorista.

Jonathan Rodrigues, irmão da vítima, contou ao G1 que, segundo testemunhas, cinco ocupantes de um Honda Civic preto saíram em velocidade do estacionamento da casa de shows Barra Music. Quando o carro estava na cancela para sair do local, o taxista Rafael Rodrigues teria alertado os ocupantes do veículo — três mulheres e dois homens — que havia uma blitz da Operação Lei Seca a poucos metros do local.

Ainda segundo o irmão da vítima, o motorista do carro teria ido até a primeira curva da Avenida Ayrton Senna, em direção à favela Gardênia Azul, e não teria encontrado blitz alguma. Em seguida, o homem teria voltado a pé até o táxi, agredido Rafael com coronhadas e disparado dois tiros contra a vítima. No momento da discussão, o suspeito teria dito ao taxista que ele queria fazer um “PM de otário”.

De acordo com Jonathan, policiais da Divisão de Homicídios informaram à família que existem câmeras de segurança na região e que eles já teriam identificado a placa Honda Civic. Além disso, seis pessoas deixaram armas acauteladas na casa de shows e esses dados serão confrontados com as outras informações que a polícia tem na tentativa de identificar o suspeito do crime.

Fonte: G1.com