O jornalista João Noronha, morador da praia de Chapéu do Sol, em Atafona, morreu na manhã desta quarta-feira (05), aos 67 anos. Ele estava internado desde de 25 de março em São João da Barra, sendo transferido dois dias depois para a Unidade de Pacientes Graves (UPG), com um quadro grave de infecção pulmonar. Durante o período de internação, ele ainda sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Noronha trabalhou em vários veículos de comunicação da região e também passou pela assessoria de imprensa da Prefeitura de São João da Barra. Na Folha da Manhã, além de atuar na editoria de Geral, também assinou por um longo período o blog “Vento Nordeste”.

É autor dos livros “Uma dama chamada Atafona” (2003) e “Atafona: sua história, sua gente” (2007).

O velório e sepultamento foram no Cemitério do Caju, em Campos, às 16h.

Vida e carreira

Em 2012, o blog “Autores Campistas” publicou (aqui) o histórico do jornalista e autor. Confira:

“O jornalista e pesquisador João Noronha, nascido em 28 de novembro de 1961 (nos documentos, no entanto, o ano é de 1955), em Campos, Estado do Rio de Janeiro. Filho de Maria Acedelina e João Noronha Filho.

Iniciou sua carreira profissional em “A Notícia”, em 1978. Depois passou pelos principais diários de sua terra, como “Monitor Campista”, em 1980/81; “Folha da Manhã”, em 1982/84; e “A Cidade”, em 1990/96, tendo atuado como repórter, redator e editor.

Em 1984 foi para a Rádio Cultura de Campos, da extinta Organização Alair Ferreira, onde trabalhou como redator-noticiarista – também nas rádios Jornal Fluminense e 89 FM, do mesmo grupo de comunicação. A convite da direção de Jornalismo da TV Norte Fluminense, Canal 12, afiliada da Rede Globo de Televisão (hoje Rede Record), assumiu, em 1987, a editoria do telejornal NFTV. Lá redigiu e editou ainda o Bom Dia NF, NFTV 1ª, 2ª. e 3ª. edições, NF Rural, NFTV-Macaé, NF Comunidade e Integração Regional.

Noronha participou também de diversas assessorias de imprensa, como as XXXV e XXXVI Exposição Agropecuária do Norte Fluminense e do VIII Encontro Nacional de Mangalarga Marchador (ENMERJ), promovidos pela Fundação Rural de Campos (FRC).

O jornalista e pesquisador se destacou ainda nos movimentos sindicais de sua terra, integrando duas diretorias do Sindicato dos Trabalhadores em Radiodifusão do Norte e Noroeste Fluminense, em 1985/87, além de ser associado ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro, filiado à Federação Nacional dos Jornalistas Profissionais (Fenaj). Entre 1997 e 2004, foi diretor do Departamento de Jornalismo da Secretaria de Comunicação de São João da Barra. Colaborou ainda com os jornais “S. João da Barra” e “Tribuna Sanjoanense”, entre 1997 e 2006. Atualmente é editor especial da Folha da Manhã (deixou o jornal em 2016 e, depois, teve nova passagem pela assessoria da Prefeitura de SJB, no mesmo ano) e sócio da Academia Campista de Letras.

Graças aos serviços prestados à comunidade em várias áreas, João Noronha é premiado por diversas organizações culturais e sociais, como Associação Regional de Teatro Amador (Arta), Colônia de Pescadores de Atafona, Federação Estadual de Teatro Amador (Fetarj), Associação de Pescadores Sanjoanenses (Apsan), Clube Recreativo Cultural Congos, Sindicato dos Radialistas de Campos, Câmaras Municipais de Campos e São João da Barra.

A vida acadêmica de João Noronha se deu na Sociedade Unificada Augusto Motta (Suam), no Rio de Janeiro, e participou com aprovação em vários treinamentos da TV Globo Ltda., Canal 4, com habilitações em diversas áreas.

O jornalista estreou como pesquisador em 2000, iniciando um trabalho em Atafona, no município de São João da Barra, quando recorreu a cartórios, bibliotecas, jornais, livros, documentos e mapas da região. De família de veranistas desde 1932, morador há 16 anos na praia, lançou o seu primeiro livro em 2004, resgatando a história do lugar e que está servindo como fonte para trabalhos de escolas públicas e de universidades, como Uenf, UFF e Cândido Mendes. Seus livros estão catalogados nas Bibliotecas Nacional do Rio de Janeiro, Unicamp (Campinas, SP), Públicas de Brasília (DF) e de Curitiba (PR), Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima e Museu de Campos, além de escolas do Norte Fluminense”.

Fonte: Blog do Arnaldo Neto