São João da Barra registrou mais um óbito pelo novo coronavírus. Desta vez, o comandante da Banda Maluca de São João da Barra, Márcio Melo da Silva, 61 anos. Marcinho, como era conhecido, faleceu no início da madrugada desta sexta-feira, 28, em um hospital particular de Campos.

Marcinho deixa o filho Marcel e os irmãos Rosane e Adalto, além dos sobrinhos. Também eram irmãos de Márcio, o médico Luiz Cláudio Melo da Silva e Rosa Jassus, ambos já falecidos. Márcio era filho do saudoso e querido casal sanjoanense Ezinho e Tereza. O sepultamento será em São João da Barra, devido aos protocolos da Covid-19, restrito a amigos e familiares.

Alegria, porque durante o carnaval era um folião nato. Além de comandar a chamada “Banda Maluca” bloco tradicional do carnaval sanjoanense, Márcio todos os anos interpretava um personagem carnavalesco pelas ruas da cidade.

Essa paixão pelo carnaval, ele herdou do pai, Manoel Rangel Ezinho um dos fundadores da Banda Maluca.

Foto: Divulgação

A animação e a descontração tomavam conta dos foliões na Avenida do Samba. Desde a fundação, diversas gerações de músicos profissionais e amadores, das mais diversas profissões, passaram pela banda que atualmente tinha cerca de 30 componentes.

Com mais de 80 anos de tradição no carnaval sanjoanense, vestidos de farda de almirante de esquadra, os maestros Márcio Melo e Fabricio Berto, acompanhados de músicos de roupa branca e quepe vermelho, davam o tom à brincadeira carnavalesca que recordava o passado e contemplava o presente.

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Relatos do escritor Célio Aquino, dão conta de que a Banda Maluca se reuniu pela primeira vez em 1938 em um sobrado localizado na rua dos Passos, onde funcionou a Alfaiataria de Chico Oliveira. “Na época, à frente da banda o carnavalesco: Amédio Venâncio da Costa, seguido por: Coriolano Henriques, Domingos Bacalhau, Maneco Cintra, Agenor de Souza Pinto, Esio Germano, Juvenil Azevedo, Manoel Rangel da Silva, entre músicos da Banda União dos Operários”, completou.

O último boletim da Covid-19 divulgado ontem, 27, trouxe um total 3.958 testes positivos para a doença desde o início da pandemia, com 2.975 recuperados e 127 óbitos.

Há 27 pacientes internados, sendo 15 em leitos de UTI. Aguardam resultados de exames laboratoriais 180 casos suspeitos, incluindo um óbito. Foram descartados 5.674 casos.