Os municípios produtores do Norte do Estado do Rio de Janeiro recebem nesta terça (22) da Agência Nacional de Petróleo e Biocombustíveis (ANP) o segundo repasse de royalties de 2022 com viés de retração, com perdas para cidades como Campos, Quissamã, Macaé e Quissamã, entre outras, em face do comportamento do barril de petróleo.

O município de Campos vai receber com -10% de queda, o equivalente R$ 40,8 milhões, contra R$ 45,39 milhões do repasse anterior. Macaé vai arrecadar R$ 77,28 milhões, com baixa de -5,5% contra último pagamento de R$ 81,14 milhões segundo os dados compilados pelo consultor de energia, petróleo e gás natural, Wellington de Abreu.

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São João da Barra vai ver em seus cofres uma receita de royalties em fevereiro com queda de -3,7%, com repasse de R$ 13,422 milhões contra R$ 13,939 milhões de janeiro.

Quissamã registra perda de royalties da ordem de -9,1%, com R$ 14,57 milhões contra R$ 16,03 milhões de janeiro. Rio das Ostras terá depósito com queda de -4,3%, captando R$ 15,95 milhões contra R$ 16,6 milhões do mês anterior.

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O consultor Wellington observa que o viés de baixa era projetado: “Uma queda esperada, apesar do preço do petróleo brent estar em uma escalada rumo aos US$ 100 ou mais. O valor médio teve uma queda de ≅ 11,3% referente a novembro de ano passado que reflete agora neste mês”.

E completa: “Como sempre falamos, as variantes são muitas e estamos em meio a um conflito frio internacional entre OTAN e Rússia com relação a posições entre Ucrânia e territórios fronteiros, que são estratégicos em ordem comercial no Mediterrâneo e na geopolítica energética. Período tenso, com estabilização da pandemia com avanço da campanha de vacinação mundial e sem novas variantes”.

Wellington cita que são valores positivos com relação ao mesmo período de anos atrás e com perspectivas de alta para os meses de março, abril e para a participação especial de maio. “Um vasto e minucioso estudo está sendo feito para auditoria nos campos petrolíferos pagadores de Participação Especial. Vamos acompanhar na quinta-feira o PL 5190/2021 que foi aprovado pela ALERJ e vetado pelo governador, e que agora será votado novamente na Alerj e esperamos que o mesmo não seja levado à instância jurídica. Pois o mesmo já teve matéria correlata e julgada como inconstitucional”.

O pesquisador acredita que “2022 prospecta um ano positivo para os royalties, participações especiais e para economia mundial se não tivermos surpresas no âmbito sanitário”, por recrudescimento da pandemia do Covid-19″.

Fonte: Fatore