Fernando Faria Negrin, de 44 anos permaneceu de cabeça baixa durante toda a audiência. Ele foi condenado a 17 anos e seis meses de prisão

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Foto: Daniela Abreu

O julgamento de Fernando Faria Negrin, 44 anos, acusado de assassinar Adriana Silva Aguiar em outubro de 2012, começou na tarde de quinta-feira (14 de agosto) no Fórum de São João da Barra e prosseguiu até o final da noite. Ele foi condenado a 17 anos e seis meses de prisão. Durante a audiência, Fernando permaneceu de cabeça baixa e não expressou nenhum sentimento.

A audiência, que foi presidida pelo juiz da 2a Vara Criminal, Leonardo Cajueiro, começou às 12h com a apresentação e depoimento das cinco testemunhas, entre defesa e acusação. Em seguida, Fernando foi interrogado e afirmou ter tido uma briga com Adriana quando a esganou. No depoimento, ele afirmou que, na ocasião, pensou que a vítima estava morta e, por isso, a enterrou no quintal.

Logo depois, a promotoria e a defensoria pública informaram aos jurados dados importantes do processo. A principal alegação da defensoria foi de que Fernando não teria a intenção de matar Adriana quando a esganou e somente teria a enterrado porque pensou que a vítima estaria morta, portanto, ele não poderia ser acusado por homicídio doloso.

A partir das 20h, a promotoria fez a réplica, seguida da tréplica da defensoria. Posteriormente, os sete jurados foram levados para uma sala onde tiveram que escolher entre as cédulas “sim”, que acusava Fernando, e “não”, que o absolvia. A sentença foi definida por volta das 23h30.

Entenda o caso – Adriana da Silva Aguiar, moradora de Cardoso Moreira e funcionária da Defesa Civil de Italva, desapareceu no dia 4 de outubro de 2012, quando saiu para o trabalho. Fernando Faria Negrin, de 44 anos, trabalhava com Adriana e, ao prestar depoimentos à Polícia Civil, teria sido contraditório e foi apontado como principal suspeito do crime.

Na manhã do dia 17 de outubro, o corpo de Adriana foi encontrado, em avançado estado de decomposição, enterrado abaixo do alicerce da casa de veraneio de Fernando em Grussaí, São João da Barra. Na ocasião, Fernando afirmou que tinha um envolvimento afetivo com Adriana, mas familiares dela negaram o romance.

Eles disseram que a vítima estava com cerca de R$ 7 mil em dinheiro e que esse seria o motivo do crime. A esposa de Fernando, que também foi interrogada na época, afirmou que ele estava endividado.

Fonte: Jornal Terceira Via