Na véspera, o dólar subiu 0,72%, a R$ 3,489 na venda. No ano, o dólar tem alta de mais de 30%.

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O dólar opera mais uma vez em forte alta nesta quinta-feira , 6, ultrapassando a barreira dos R$ 3,50, em meio à contínua deterioração do cenário político e econômico brasileiro e expectativas de alta de juros nos Estados Unidos.

Por volta das 13h40, a moeda norte-americana tinha alta de 1,58%, cotada a R$ 3,5442. Mais cedo, a cotação chegou a bater R$ 3,5709, maior patamar intradia desde 5 de março de 2003, quando foi a R$ 3,58.

Na véspera, o dólar subiu 0,72%, a R$ 3,489 na venda, renovando máxima em 12 anos. Na semana – até quarta-feira – e no mês, há valorização de 1,88%. No ano, o dólar tem alta de 31,23%.

“Com o dólar do jeito que está, é preciso que haja uma notícia muito forte para o mercado parar de subir”, disse à Reuters o superintendente de câmbio da corretora Tov, Reginaldo Siaca. Pesquisa Datafolha mostrou nesta quinta-feira que a impopularidade da presidente Dilma Rousseff é recorde entre todos os presidentes desde 1990.

Somava-se a isso outras turbulências políticas, com atritos entre o Legislativo e o Executivo gerando entraves para a aprovação de projetos importantes para o governo no Congresso.

A perspectiva de que os juros norte-americanos podem subir no mês que vem também tem contribuído para elevar o dólar globalmente. Juros mais altos nos EUA podem atrair para a maior economia do mundo recursos aplicados no mercado local.

Por isso, operadores aguardavam a divulgação da geração de vagas no mercado de trabalho norte-americano, na sexta-feira, para calibrar suas apostas sobre a política monetária da maior economia do mundo.

Cenários

A Bradesco Corretora elevou nesta manhã suas projeções para o câmbio no Brasil, estimando dólar a R$ 3,60 no fim deste ano e R$ 3,90 no fim de 2016, contra R$ 3,25 e 3,40, respectivamente.

Mais tarde, o Banco Central brasileiro dá continuidade à rolagem dos swaps cambiais que vencem em setembro, com oferta de até 6 mil contratos, equivalentes a venda futura de dólares.

Fonte: G1