Em fase operacional, Porto do Açu tem obras de infraestrutura básica finalizadas. Desde 2007, o empreendimento recebeu R$ 8,1 bilhões em investimentos

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Foto: Leitor Milton

Com o início das operações do Porto do Açu no final de 2014, a Prumo registrou EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) positivo de R$ 37,8 milhões. O dado foi divulgado no relatório de resultado do 1º trimestre de 2015, que contempla ainda os investimentos realizados desde o início da construção do empreendimento, em 2007.

No total, o Porto do Açu já recebeu R$ 8,1 bilhões em investimentos. Deste montante, R$ 3 bilhões foram investidos pela Ferroport (joint venture formada pela Prumo e a Anglo American) e pela Anglo American, e R$ 5,1 bilhões pela Porto do Açu Operações (subsidiária da Prumo Logística). Os valores não contabilizam os juros capitalizados.

“O ano de 2015 começou com grandes perspectivas para a consolidação do Porto do Açu como a principal alternativa para a solução dos problemas, principalmente da indústria de petróleo e gás. Com a demanda da indústria de O&G por redução de custos e aumento de produção, o Porto do Açu se apresenta como uma alternativa de baixo custo, eficiente e pronta para atender às empresas de petróleo e seus fornecedores. Estamos muito otimistas e acreditamos que este ano será de grandes conquistas para a Prumo”, comenta Eduardo Parente, CEO da companhia.

Outro destaque do trimestre foi a conclusão das obras de infraestrutura básica do Porto do Açu. Após a entrada em operação no final de 2014, a empresa está dedicada à: atração de novos contratos comerciais, operação do Terminal Multicargas – TMULT, e na construção e desenvolvimento do Terminal de Petróleo (TOIL).

Destaques

Um dos destaques deste trimestre foi o contrato com a Edison Chouest, que exerceu a opção de aumentar a sua área, conforme já previsto em contrato assinado em abril de 2014. Com o exercício da opção, a área total da Edison Chouest, no Terminal 2, passa de 284.200 m² para 411.800 m², com 710 metros de cais. Esta é a segunda expansão de área exercida pela empresa, que ainda possui duas opções que podem ser exercidas até outubro de 2015. Caso a ECO exerça todas as opções, sua área total poderá chegar a 574.200 m², com cais de 990 metros.

Também foi anunciada a assinatura de um Memorando de Entendimento com a Bolognesi Energia S.A para avaliar em conjunto de oportunidades de investimento para desenvolver projetos de gás natural no Porto do Açu. O Hub de Gás do Açu é uma solução privada para importação de GNL e produção doméstica de gás natural nas Bacias de Santos e Campos. Os projetos identificados para o hub incluem termoelétricas a gás, terminal de regaseificação GNL, processamento de gás natural, terminal GLP, pipelines onshore e offshore para transporte de gás, armazenagem de GNL e outros serviços associados ao gás.

Resultado

De janeiro a março deste ano foram investidos R$ 270,1 milhões no Porto do Açu (não incluindo juros capitalizados), sendo R$109 milhões pela Ferroport e Anglo American, e R$ 161,1 milhões pela Porto do Açu Operações. Deste total, R$ 30,4 milhões foram aplicados na construção do quebra-mar e R$ 31,4 milhões na dragagem, ambos do Terminal 1. No canal do Terminal 2 foram desembolsados R$ 88,7 milhões, que inclui R$ 63,7 milhões no quebra-mar, R$ 20,3 milhões na dragagem do canal e R$ 4,7 milhões no TMULT e outros.

Além disso, R$ 41,6 milhões foram alocados no desenvolvimento e construção de outras obras de infraestrutura, como a pavimentação e manutenção de vias, sustentabilidade, projetos de engenharia e gerenciamento de obras, além da implantação da Linha de Transmissão de 345 kV, que conectará o Porto ao Sistema Interligado Nacional.

No período, a Prumo registrou receita líquida de R$ 75,4 milhões. O incremento em relação ao mesmo período do ano passado se deve aos novos contratos assinados ao longo de 2014 e ao início das operações da Ferroport em outubro de 2014.

A Companhia fechou o primeiro trimestre com um saldo em caixa e equivalentes de R$ 406,6 milhões e com endividamento de R$ 3,3 bilhões, incluindo os juros e atualização monetária. O prejuízo líquido no período foi de R$ 32,9 milhões.

Fonte: Ascom – Prumo