Arquivo/Fernando Frazão/Agência Brasil

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A Prefeitura do Rio começou, na manhã de hoje, 26, a operação comercial do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). O valor da passagem é de R$ 3,80 e, com o Bilhete Único Carioca, o usuário terá direito a fazer até duas viagens de ônibus municipais e uma de VLT no intervalo de duas horas e meia.

A cobrança da passagem dos passageiros ocorre um mês e meio após a operação experimental do VLT, iniciada em 5 de junho gratuitamente. No primeiro dia de operação comercial, houve várias reclamações de passageiros.

Segundo a funcionária pública Aidil Cunha, a cobrança é necessária para padronizar e exigir um serviço de melhor qualidade, mas a forma como está ocorrendo é inviável. “Tem que dar uma melhorada significativa para os próximos dias. Hoje é a primeira vez que vou utilizar o VLT e logo de cara já enfrento essa fila grande e esses problemas. A impressão que fica é péssima, como tudo no Rio”, disse.

Para a também funcionária pública Regina Martins, por mais que o modal seja algo novo para a cidade, um planejamento deveria ter sido feito para a operação e a cobrança de tarifas. Regina sentiu na pele os problemas desse primeiro dia de operação comercial do transporte.

“Eu estava tentando carregar meu bilhete na estação da Cinelândia, quando a máquina parou e os agentes que lá estavam orientaram a todos para virem até aqui na Rio Branco, que é a estação mais próxima. Isso é um absurdo. Observei várias pessoas de idade e deficientes tendo que se deslocar até aqui por conta deste despreparo. Que a gente entrasse de graça, então. Porém, ao chegar aqui, nada mudou. A máquina também está devolvendo o dinheiro, travando, etc. Eu acabei de conseguir carregar o cartão, mas por conta disso tudo acabei perdendo dois VLTs”, disse.

Os usuários ainda enfrentaram mais atrasos por conta de uma manifestação de servidores do Instituto Nacional do Câncer (Inca), na Avenida Rio Branco, centro do Rio, que paralisou a circulação dos trens por cerca de 15 minutos.

A Secretaria Municipal de Transportes (SMTR) informou que o passageiro deve ficar atento ao saldo do cartão. Na primeira semana de cobrança, equipes de fiscalização agirão em todos os trens para checar o pagamento da passagem em caráter educativo. A partir do dia 2 de agosto, começa a ser cobrada multa no valor de R$ 170 para o passageiro que entrar no vagão sem bilhete. A multa será aplicada por guardas municipais que acompanharão agentes da concessionária. O valor aumenta para R$ 255 em caso de reincidência (multa mais 50%).

Com relação à segunda etapa do VLT, que liga a área das Barcas até a Central, a Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro (CDURP) informou que as obras seguem dentro do cronograma. A operação do trecho começa no segundo semestre de 2016, e os primeiros testes nos trilhos entre a Praça da República a Avenida Rio Branco têm previsão de início até o fim de julho.

Fonte: Agência Brasil