A crise parece estar longe do Porto do Açu. Apesar do momento ruim para o setor de óleo e gás, o complexo da Prumo tem avançado em suas obras e deverá finalizar neste mês a construção de seu terminal para transbordo do petróleo extraído na Bacia de Santos. O empreendimento, que tem previsão de início de atividades para o próximo ano, atenderá a empresas como a britânica BG e a Chouest, que utilizará áreas do porto para carregar e descarregar embarcações de apoio às plataformas da Petrobrás.
Além delas, atuam hoje no porto a BP, que vem construindo os dolphins do cais onde deverão ficar atracados os navios responsáveis por transportar óleo pesado, utilizado como combustível para o motor de barcos de apoio marítimo. Segundo o colunista de O Globo, George Vidor, o projeto também abriga as obras da OSX para uma embarcação que será entregue à Sapura e para a integração de um módulo para plataforma da estatal.
O terminal de transbordo de petróleo constitui um dos maiores investimentos no porto e desperta o interesse de empresas estrangeiras. Em agosto deste ano, a Prumo vendeu 20% do projeto à alemã Oiltanking, em negócio firmado por US$ 200 milhões. Por meio do acordo, a companhia será responsável pelo gerenciamento das operações realizadas no terminal.
O complexo do Açu já recebeu investimentos somados em R$ 12 bilhões e conta hoje com três fábricas ativas, todas voltadas ao segmento de óleo e gás. São elas a da Wärtsilä, que produz turbinas e motores de navios, e as da NOV e da Technip, especializadas em tubos flexíveis para projetos de exploração.
Recentemente, o complexo industrial conseguiu nova autorização junto à Secretaria Especial dos Portos (SEP) para o transporte de petróleo, assim como para um aumento de seu calado, facilitando a entrada de navios de maior porte em sua área.
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Fonte: Petronotícias