Depois de mais de seis horas de protesto, que começou na praça do Santíssimo Salvador, no Centro, e terminou na sede da Prefeitura de Campos, onde chegaram a acampar, profissionais da rede municipal de Educação decidiram na noite desta sexta-feira (22) retomar as aulas na próxima segunda-feira (25), porém, mantendo o estado de greve até que as negociações com o governo municipal avancem. Durante o movimento, spray de pimenta teria sido usado em manifestantes, que tiveram as barracas retiradas do pátio da Prefeitura pela Guarda Civil Municipal.
A decisão de voltar às aulas foi tomada no quinto dia da greve de ocupação, após uma comissão do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe) ter sido recebida pelos secretários municipais de Educação, Frederico Tavares Rangel, e de Administração e Gestão de Pessoas, Fábio Ribeiro, para negociação. Na quinta-feira (21), Fábio Ribeiro e o secretário de Governo de Campos, Anthony Garotinho, ameaçarem cortar o ponto e a regência do mês de maio, mas os profissionais da Educação não recuaram, e marcaram para esta sexta (22) um novo protesto.
O ato teve início por volta das 15h, na praça. Em seguida, os manifestantes seguiram para a frente da Prefeitura, onde uma assembleia foi iniciada por volta das 18h. Os secretários convocaram alguns professores para uma reunião interna, mas eles recusaram, alegando que a conversa só ocorreria com a prefeita Rosinha Garotinho, que não estaria na Prefeitura, mas disseram que os secretários poderiam subir no trio elétrico para falar com a categoria.
Durante o protesto, por volta das 17h, servidores da Saúde, chamados de “Servidores em Ação”, e alguns pais de alunos aderiram ao movimento e chegaram com mais um trio elétrico.
Desde segunda-feira (18), os profissionais cruzaram os braços na tentativa de ter as suas reivindicações atendidas. Os professores pedem concurso público para todos os funcionários, merenda escolar de qualidade, infraestrutura em todas as instituições, material didático de melhor qualidade pedagógica, valorização profissional com assistência à saúde, revisão do Plano de Cargos e Salários, reajuste salarial, reposição das perdas salariais e incorporação da gratificação nos salários dos profissionais.
Na terça-feira (19), os secretários de Educação e Administração convocaram representantes do Sepe para uma reunião e apresentaram propostas, que não foram aceitas pela categoria durante assembleia. De acordo com a diretora do Sepe Norma Dias, a principal reivindicação, que teria motivado a greve dos professores, teria sido “empurrada” para setembro.
Fonte: Fmanhã