Luiza Mariano da Silva, de 23 anos, trabalhava há dois meses no local. O crime aconteceu no dia 29 de junho, em Vila Velha

Foto: G1

Foto: G1

O suspeito de matar a universitária Luiza Mariano da Silva, de 23 anos, na lavanderia onde ela trabalhava, em Vila Velha, na Grande Vitória, foi preso nesta sexta-feira (7), na Delegacia Especializada de Homicídio Contra a Mulher (DHPM), em Vitória.

No dia 29 de junho, a jovem foi encontrada morta com marcas de perfurações e agressão física dentro do banheiro da lavanderia onde trabalhava, que fica na Avenida Belo Horizonte, no bairro Itapoã, em Vila Velha.

Segundo a polícia, o suspeito é Leandro Matheus Marins, de 28 anos. Ele confessou o crime ao delegado Janderson Lube. A polícia chegou até ele através de imagens de videomonitoramento que flagraram ele rondando a região e entrando no local do crime no horário em que Luiza foi morta.

Leandro é casado com uma ex-funcionária da lavanderia e disse ao delegado que foi ao local para pegar o telefone do dono do estabelecimento, mas Luiza negou. Ele deixou a lavanderia e retornou minutos depois, para pedir o telefone do proprietário mais uma vez.

Diante da segunda negativa de Luiza, ele matou a funcionária. “Ele pediu que ela buscasse uma sombrinha e um chinelo da mulher dele, ex-funcionária da lavanderia. Quando Luiza foi ao banheiro buscar o objeto, ele se aproveitou e deu uma gravata nela”.

Leandro usou um fio de ventilador para enforcar a vítima e depois, com um objeto perfurante, golpeou o pescoço dela.

Leandro ainda contou à polícia que, depois do crime, voltou para o serviço e trabalhou normalmente. Ele disse que tinha usado drogas na noite anterior ao assassinato e que se arrepende do crime.

Motivação

Foto: Glacieri Carraretto - Gazeta Online

Foto: Glacieri Carraretto – Gazeta Online

Questionado sobre o motivo da ida até a lavanderia, Leandro disse à polícia que foi a pedido da dona da loja em que trabalhava. Ela teria pedido que ele negociasse com a lavanderia um preço menor para a lavagem dos uniformes da empresa. Entretanto, a proprietária foi questionada pela polícia e negou a versão do suspeito.

A polícia acredita que, na verdade, Leandro foi até a lavanderia cobrar o pagamento referente à recisão de contrato da esposa. “A motivação, ao que tudo leva a crer, foi esse desentendimento com a Luiza, quando ela não quis passar o telefone, somado ao estado alterado dele”, disse o delegado Janderson Lube.

O suspeito agora é investigado por homicídio qualificado, por motivo é torpe e sem possibilidade de defesa da vítima.

Crime

Foto: Reprodução Facebook

Foto: Reprodução Facebook

A vítima estava sozinha e teve o celular levado pelo suspeito, que trancou a porta depois do crime, segundo a polícia. Duas câmeras de segurança que poderiam registrar o criminoso não estavam funcionando.

A jovem Luiza Mariano da Silva tinha 23 anos de idade, era estudante de psicologia da UVV e trabalhava na lavanderia, sozinha, há dois meses. Ela nasceu em São João da Barra, no Norte do Rio de Janeiro.

Relato do tio da vítima

O assessor Cezar Mariano, tio da vítima, disse para a reportagem da TV Gazeta que ela saiu de casa nesta manhã e foi trabalhar. No horário de almoço, a mãe foi levar marmita para Luiza, bateu na porta e ela não atendeu.

Como a porta estava trancada e a jovem não atendida ao celular, a mãe chamou o tio. Cezar chegou à lavanderia, tentou abrir a porta e, em seguida, chamou um chaveiro.

Quando a lavanderia foi aberta, o tio encontrou a jovem morta. A equipe do Samu informou aos PMs que a mulher estava com marcas de agressões e facadas, dentro do banheiro.

O tio de Luiza, Cezar Mariano, falou com a reportagem da TV Gazeta e disse que, na sexta-feira (23), a jovem foi vítima tentou evitar um assalto na lavanderia e foi ameaçada pelo criminoso.

Luiza havia dito ao tio que um homem, descrito por ela como um “nóia”, tentou roubar, dias antes, um cliente dentro da lavanderia. O assaltante iria levar a sacola do cliente e ela impediu. Ao ser impedido de cometer o crime, o homem disse que voltaria para matar a jovem. Este caso não foi confirmado pela polícia.

Fonte: G1