O município de São João da Barra, produtor de petróleo, recebeu nesta terça-feira, 27, referentes à produção de fevereiro, a quantia de R$ 12.188.997,53, o que representa um aumento de 7% sobre o valor pago no mês passado (R$ 11.389.553,70) e de 59% em relação aos R$ 7.669.684,28 depositados há um ano.
Para Campos serão repassados R$ 34.119.468,91, valor 2,5% menor que o depositado em março (R$ 34.991.035). Em comparação com o pagamento feito no mesmo período do ano passado (R$ 23.567.114), a alta é de 44,8%.
Quissamã recebe R$ 16.047.282,01, valor quase igual ao repassado no mês anterior (R$ 15.955.859), com alta de 0,6%. Já em comparação com abril de 2020 (R$ 8.829.004), a alta é de 82%. Já em Carapebus, a Prefeitura vai receber nesta terça R$ 4.882.873,71, alta de 1% em relação ao mês de março (R$ 4.838.533) e de 61%, quando comparado com o quarto repasse do ano passado (R$ 3.040.855).
O maior repasse será feito para Macaé, de R$ 67.143.515,05, depósito 1,8% superior ao que foi efetivado no mês passado (R$ 65.972.399,81) e 36,6% maior que o realizado em abril do ano passado (R$ 49.268.912).
Pesquisador da área de Petróleo e Gás, Wellington Abreu comentou sobre a alta para os municípios da região e a perspectiva para o próximo mês:
— Sem muita surpresa, apesar do mês de referência ser fevereiro, com menos três dias, os repasses em sua maioria foram ascendentes devido à média do preço do brent, que ficou entre US$ 56 e US$ 65. A produção em fevereiro não foi diferente dos anteriores e manteve destacando o pré-sal, com os campos de Búzios e Tupi (ex-Lula) da Bacia de Santos. Búzios, da cessão onerosa, voltou a crescer, totalizando cerca de 673 mil boe (barril de óleo equivalente)/dia, 19% da produção total nacional, levando a produção da cessão onerosa a 22,37% do total do país. A prévia é de mais um aumento para maio com relação aos royalties, dentro de uma expectativa sem surpresas.
Wellington ainda comentou sobre a CPI dos Royalties na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) e adverte que os administradores municipais devem ter cautela nos gastos, sobretudo em um cenário de pandemia.
“Enviei um ofício à Alerj com minha contribuição para os trabalhos de grupo, e tenho acompanhado a CPI dos Royalties e Participação Especial, aberta na casa legislativa, e acredito que conseguiremos bons resultados ao final. Estamos em meio a uma guerra contra um vírus que atinge o mundo e temos que permanecer em modo sobrevivência nas finanças públicas, ainda por um longo tempo. Gastar o básico e muita cautela administrativa nas decisões”, ressaltou.
Fonte: Blog do Arnaldo Neto – Folha da Manhã