A Prefeitura de São João da Barra, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Serviços Públicos, publicou no Diário Oficial do município (AQUI) nesta quarta-feira (19) que fará realizar uma licitação na modalidade Concorrência Eletrônica para contratação de empresa especializada para realização do estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental para elaboração de projeto de contenção da erosão costeira no município em consonância com o guia de diretrizes de prevenção e proteção à erosão costeira (2018), bem como com a lei 14.714/2023 a qual busca prevenir e controlar a erosão marítima e fluvial nos municípios da zona costeira brasileira.
Abertura das propostas e recebimento dos lances será a partir das 10 horas do dia 16 de abril.
Há mais de 45 anos, Atafona segue sefrendo e perdendo casas com o avanço do mar. A Organização das Nações Unidas (ONU), divulgou um relatório nesta terça (27) onde mostra que o nível dos mares subiu 15 centímetros nos últimos 30 anos em algumas partes do Pacífico. Em Atafona e na cidade do Rio de Janeiro, o aumento foi de 13 centímetros no mesmo período, mas, a má notícia fica para o futuro: em ambas o aumento esperado até 2050 é de até 21 centímetros, sendo 16 centímetros em média.
A praia do Açu, 5º distrito, também vêm sofrendo com a fúria do mar. Segundo especialistas, o que acontece é um fenômeno de transgressão do mar, que nos últimos 45 anos avançou três metros a cada 12 meses. A cada ano o mar avança cerca de 3 metros. Através de uma pesquisa, mais de 20 ruas e cerca de 700 casas já foram engolidas pelo mar. Em apenas um ano, a violência do mar sumiu com uma área do tamanho de três campos de futebol.
Primeira notícia sobre o avanço do mar em Atafona
O jornal ‘Voz de São João da Barra’ no dia 22 de agosto de 1974, trouxe a primeira matéria mostrando a fúria do mar que ameaçava casas do Pontal, em Atafona. Naquela época, como consta no jornal, a construção de um dique de pedras de 150 metros poderia resolver o problema dos pescadores do Pontal. Com o passar dos anos, um novo cenário vem sendo construído e casas estão sendo devoradas pelo mar avassalador.
O Pontal é conhecido também pelo grande encontro do rio Paraíba do Sul com o mar que atualmente sofre com a falta d’água e vem perdendo força.
Prédio de Julinho
No dia 05 de abril de 2008, a maré conseguiu tombar a construção, conhecida como Prédio do Julinho, construído pelo empresário Júlio Ferreira da Silva em 1973, que era referência na praia. O edifício, de quatro andares, foi projetado para abrigar um hotel com 48 apartamentos.
Atafona Praia Clube
O Atafona Praia Clube, situado na rua Feliciano Sodré, 229, Centro de Atafona, que já foi palco de diversos shows, em especial, aos bailes de carnaval que se transformavam em noites de muita folia, divididos em quatro matinês, no final dos anos 50, também foi destruído pelo avanço do mar.