Com 871 participações, a enquete do Parahybano revelou que a maioria dos participantes votaram na Saúde, o setor que mais merece atenção do governo Brasileiro. A enquete ficou no ar por cinco meses e outros setores como Educação e Meio Ambiente também não ficaram de fora.
De acordo com os resultados computados, a Saúde ficou em primeiro lugar com 438 votos, em segundo a Educação com 133, já em terceiro Meio Ambiente 12, Obras e Serviços empatou com Transporte com 54 votos, Agricultura 51 votos, Turismo 9 e Cultura 7.
Segundo uma mensagem de um leitor que preferiu não ser identificado, a enquete foi de grande importância embora a resposta já estava clara para todos nós brasileiros.
– Estamos com um grande problema no nosso Brasil, a crise, mas não podemos deixar esse problema abalar nossa saúde. Precisamos de mais atendimentos, além de uma valorização dos profissionais de saúde que desempenham seu papal salvando vidas -, disse um leitor.
“A saúde é direito de todos e dever do Estado”. Assim começa o artigo 196 da Constituição Federal de 1988, que completou 25 anos em outubro. O documento foi responsável pela criação do Sistema Único de Saúde (SUS), órgão que tem a tarefa de fazer valer o que foi promulgado pela Constituição e de fato oferecer serviços de saúde para todos os cidadãos brasileiros.
Porém, é de conhecimento público que os usuários do SUS enfrentam diversas dificuldades para ter acesso a esse direito. Faltam leitos e equipamentos em hospitais, as filas de espera para procedimentos por vezes duram meses, faltam profissionais e infraestrutura em regiões mais afastadas dos grandes centros. Manter um sistema de saúde universal para um país como o Brasil é um desafio à altura da nossa extensão territorial.
Serviço Público x Privado
O SUS deveria ser responsável pelo atendimento médico de toda a população brasileira. Porém, hoje mais de 50 milhões de pessoas possuem planos de saúde privados. E esse é um mercado que vem crescendo à taxa de 10% ao ano.
Se o usuário da saúde privada precisa de um tratamento que não é oferecido por sua seguradora, ele vai recorrer ao SUS. Assim, o sistema público precisa arcar também com os procedimentos daqueles que possuem planos particulares.
Investir em um sistema de saúde baseado em planos privados já foi uma ideia no Brasil, mas a Constituição de 1988 a descartou. Ao encarar a saúde como um direito, não é possível tratá-la apenas como mercadoria.