Entre os municípios do Norte Fluminense, São João da Barra é o que registra a maior alta neste mês nos royalties do petróleo e gás. O município receberá na próxima segunda-feira, 25, a quantia de R$ 21.709.290,60. O valor é 11,8% sobre o depósito do mês anterior R$ 19.425.503. Em relação ao mês de julho de 2021, SJB registrou um aumento de 55,2%, quando recebeu R$ 13,986.074.

Campos dos Goytacazes receberá R$ 59.357.830,13, valor maior que repassado em junho, R$ 58.478.429 e 46,3% superior ao mês de junho de 2021, R$ 40.562.956. Macaé receberá R$ 90.758.920,35, Quissamã o valor de R$ 18.508.980,53 e Carapebus R$ 6.818.170,41.

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O consultor na área de petróleo e gás, Wellington Abreu, destacou que o preço do petróleo tipo brent oscilou e se manteve em alta, quanto ao câmbio, teve uma boa recuperação no mês de maio, o que garantiu um aumento no repasse para boa parte dos municípios.

– Aos que tiveram queda, a produção é o fator. Mas sem muita alteração em referência a abril com a produção seguindo mesmo ritmo em sua totalidade. Isso traduz os valores, pouco e alterados para este repasse de segunda-feira 25/07. Seguem os altos investimentos da Petrobras e outras petroleiras no pré-sal da Bacia de Santos, entre os campos de Búzios, Atapu e Sépia sob contrato de cessão onerosa, Mero sob sistema de Partilha e a altíssima produtividade do campo de Tupi (Lula) que garantiu ao mesmo a maior produção no mês. O cenário internacional se mantém em alerta no conflito, Rússia x Ucrânia, e apesar das investidas do ocidente para tentar baixar o preço da commodity, o preço segue acima dos US$ 100,00. Mesmo com diálogos de Joe Biden (EUA) com os Árabes e o retorno da produção na Líbia que também faz parte da OPEP, a demanda continua a crescer e a crise energética na União Europeia desencadeada pelo conflito segue em rumo. Tudo está interligado, e tanto a China quanto a Índia estão lucrando muito com tudo isso e comprando muito petróleo a preços bem mais baixos da Rússia. As eleições estão chegando e tudo leva a crer que 2023 será o seguimento da recessão que estamos vivendo. Gastar a poupança sem deixar de manter os olhos na responsabilidade fiscal é o recado aos gestores municipais -, destacou.