Resultado contabilizado pelo terceiro trimestre consecutivo reflete a fase operacional do Porto do Açu

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Foto: Elder Amaral Parahybano

A Prumo registrou EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) positivo de R$ 43 milhões no 2º trimestre deste ano. O dado consta do relatório de resultados do 2º trimestre de 2015, divulgado hoje pela companhia e que evidencia que este foi o terceiro trimestre em que a empresa registrou o resultado positivo.

“Estamos celebrando um novo momento na companhia. Há um ano recebemos no porto o 1º carregamento de minério de ferro. Desde então, 60 embarcações já atracaram no Porto do Açu. Entramos em operação dentro do orçamento previsto e com os prazos estimados e os principais riscos identificados na mudança de controle foram mitigados em menos de dois anos. O terceiro trimestre seguido com EBITDA positivo é uma consequência destas realizações”, conta Eduardo Parente, presidente da Prumo.

Desde 2007, quando começou a ser construído, já foram investidos R$ 8,5 bilhões no Porto do Açu. Deste montante, R$ 3,2 bilhões foram investidos pela Ferroport (joint venture formada pela Prumo e a Anglo American) e pela Anglo American, e R$ 5,3 bilhões pela Porto do Açu Operações (subsidiária da Prumo Logística). Os valores não contabilizam os juros capitalizados.

Destaques

O 2º trimestre de 2015 foi marcado por anúncios relevantes, como a assinatura de contratos, expansão de áreas e negociação da dívida. “Tivemos muitas novidades nos últimos meses, que engrandecem o Porto do Açu. A Edison Chouest antecipou suas opções, assinou contrato com a Petrobras e anunciou que a sua base de apoio offshore começará a operar em novembro e será a maior do mundo. A BG trouxe suas operações de transbordo de petróleo para o Açu e a Oiltanking reconheceu no terminal o valor de US$ 1 bilhão. Alinhamos o perfil da nossa dívida aos nossos fluxos de caixa ao alongá-la para 18 anos, com quatro de carência. Assinamos contrato e iniciamos as operações de bauxita com o grupo Votorantim. É o reconhecimento de muitas empresas de classe mundial nas vantagens competitivas do Porto do Açu”, ressalta Parente.

A Prumo assinou contrato com BG para realização do transbordo de um volume médio de até 200 mil barris de petróleo por dia no Porto do Açu. O contrato tem duração de 20 anos e estabelece ainda que, em um prazo de até 18 meses a contar da data de assinatura, a BG terá a opção de aumentar a quantidade do take-or-pay para até 320 mil barris de petróleo por dia. A primeira operação está prevista para agosto de 2016.

Além disso, a Edison Chouest exerceu a opção para expansão de sua área, passando para 597.400 m² de área total, com 1.030 metros de frente de cais. Com 15 berços para atracação de navios e um estaleiro para reparos, a unidade será a maior base de apoio offshore do mundo e poderá alcançar uma movimentação de mais de 6.000 embarcações por ano.

A Prumo também assinou contrato com a incorporadora carioca InterRio para a instalação de um hotel no Complexo Industrial do Porto do Açu. O empreendimento, que tem investimento previsto de R$ 30 milhões, terá área de 10.649 m² e 200 quartos. O hotel é o primeiro empreendimento de um centro de conveniência que está sendo desenvolvido no porto e contará ainda com salas comerciais e serviços de conveniência.

Já em julho, a Prumo assinou contrato com a Votorantim Metais para movimentação de bauxita e coque no Terminal Multicargas (TMULT) do Porto do Açu. O contrato, que prevê a movimentação de 300 mil toneladas por ano, tem a primeira operação prevista para agosto deste ano e marca o início da operação do terminal.

Além disso, a empresa assinou contrato com a Oiltanking para venda de 20% do Terminal de Petróleo do Porto do Açu pelo valor de U$200 milhões. A empresa também será responsável pelas operações do Terminal, que está licenciado para movimentar até 1,2 milhão de barris de óleo por dia e tem capacidade para receber navios VLCC.

A Prumo recebeu aprovação definitiva do BNDES para empréstimo de longo prazo no valor de R$ 2,8 bilhões, dos quais R$ 2,3 bilhões serão utilizados para a amortização de empréstimos-ponte concedidos anteriormente pelo Banco e com fiança bancária dos bancos Bradesco e Santander. O prazo total do financiamento será de 18 anos, sendo 4 anos de carência e 14 anos de amortização.

A empresa também assinou contrato de gestão comercial da área ocupada pela OSX no Complexo Portuário do Porto do Açu, com exclusividade para prospectar novos investidores dispostos a instalar empreendimentos voltados ou relacionados à indústria naval.

Resultado

De abril a junho deste ano foram investidos R$ 300 milhões no Porto do Açu (não incluindo juros capitalizados), sendo R$ 139,5 milhões pela Ferroport e Anglo American, e R$ 160,5 milhões pela Porto do Açu Operações. Deste total, R$ 51,9 milhões foram aplicados na construção do quebra-mar e R$ 66,6 milhões na dragagem, ambos do Terminal 1. No canal do Terminal 2 foram desembolsados R$ 80,3 milhões, que inclui R$ 29,7 milhões no quebra-mar, R$ 4,8 milhões na dragagem do canal e R$ 45,8 milhões no TMULT e outros.

No 2º trimestre de 2015, a receita líquida consolidada foi de R$ 88,2 milhões em comparação a R$ 19,5 milhões no mesmo período do ano anterior. A diferença refere-se principalmente aos novos contratos assinados ao longo de 2014 e início de 2015 e ao início das operações da Ferroport em outubro de 2014. Somente a receita líquida referente ao contrato de take-or-pay totalizou no trimestre R$ 63 milhões (50% da receita reconhecida na Ferroport).

A Companhia fechou o terceiro trimestre com um saldo em caixa e equivalentes de R$ 150 milhões e com endividamento de R$ 3,3 bilhões, incluindo os juros e atualização monetária. Com o refinanciamento da dívida com os bancos Bradesco, Santander e BNDES, a dívida financeira de curto prazo foi integralmente estendida para o longo prazo. Desta forma, o balanço da Companhia no próximo trimestre já irá refletir esta operação.

O resultado financeiro líquido consolidado no período foi negativo em R$ 67,5 milhões. As despesas financeiras foram de R$ 92 milhões, compostas principalmente de juros, corretagens e variação monetária. As receitas financeiras foram de R$ 24,5 milhões, compostas principalmente de juros sobre mútuo, rendimentos sobre aplicações financeiras e juros. O prejuízo líquido foi de R$ 23,5 milhões.

Sobre a Prumo

A Prumo Logística desenvolve e opera o Porto do Açu. A empresa oferece soluções de infraestrutura para a indústria de óleo e gás, além de área para a instalação de unidades de empresas dos setores marítimo e industrial no Porto do Açu. A Prumo é controlada pelo grupo EIG Global Energy Partners desde 2013.

Localizado em São João da Barra (RJ), o Porto do Açu iniciou sua operação em 2014, e com excelência em segurança serve empresas líderes em seus setores. O Porto do Açu conta com 90 km² de área, dividida em dois terminais: o Terminal 1 (T1 – terminal offshore) e o Terminal 2 (T2 – terminal onshore).

O T1 é dedicado a movimentação de minério de ferro e petróleo, com berços construídos em 3 km de cais e que podem receber navios com calado de até 24 metros. Em operação desde outubro de 2014, o terminal já recebeu mais de 30 navios de minério de ferro para a Anglo American. As empresas possuem uma joint venture (chamada de Ferroport), que é formada 50% por cada companhia.

O TOIL, que começa a operar em agosto de 2016, será operado pela Oiltanking e tem capacidade para movimentar 1,2 milhão de barris por dia, recebendo navios Suezmax e VLCCs. Recentemente, a empresa assinou contrato para transbendo de petróleo com a BG por 20 anos, com volume médio de 200 mil barris por dia. O T1 também conta com projeto de armazenamento de petróleo e outros serviços de petróleo em terra.

O T2 é um terminal no entorno de um canal para navegação com 6,5 km de extensão, 300 metros de largura e até 14,5 metros de profundidade. A Technip, NOV e Wartsila já estão operando suas unidades no T2. O Terminal Multicargas (TMULT) iniciou sua operação em julho com a movimentação de bauxita para a Votorantim. A Edison Chouest Offshore (ECO), que está construindo no Porto do Açu a maior base de apoio offshore do mundo com 15 berços, já assinou contrato com a Petrobras para a operação de 6 berços no seu terminal. Além disso, a BP e a Prumo criaram uma joint venture (formada 50% por cada empresa) para a comercialização de combustível marítimo aos navios que trafegam no porto.

A Prumo também criou a RPPN Fazenda Caruara, maior unidade privada de restinga do país, com 40 km². O Porto do Porto do Açu emprega atualmente cerca de 10 mil pessoas, sendo 3,5 mil já na operação das unidades. Quando estiver em operação plena, a previsão é que o Porto do Açu gere cerca de 40 mil empregos.

Fonte: Ascom – Prumo