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Foto: Divulgação

A Prumo Logística, empresa que desenvolve e opera o Porto do Açu, divulgou hoje o resultado do 2º trimestre deste ano. A empresa encerrou o período com lucro de R$ 55,9 milhões e investimentos de R$ 152,03 milhões no Porto do Açu. No ano de 2016 (janeiro a junho), o EBITDA proforma acumulado (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 112,5 milhões.

“Após um início de ano desafiador, conseguimos atingir grandes objetivos neste 2º trimestre. A inauguração de 3 terminais no Porto do Açu (Terminal de Petróleo, Terminal Multicargas e Terminal de Combustíveis Marítimos), no início de junho, demonstra a capacidade da Companhia em entregar uma infraestrutura completa e eficiente para os nossos clientes e para a região norte fluminense”, disse Eugênio Figueiredo, diretor financeiro da Prumo.

Em operação desde outubro de 2014, o Porto do Açu já recebeu neste ano aproximadamente 400 embarcações. Destas, mais de 55 foram de minério de ferro.

Resultado

No 2º trimestre deste ano foram investidos R$ 152,03 milhões no Porto do Açu. Deste total, R$ 50 milhões foram aplicados nas obras do Terminal de Petróleo (T-OIL), na montagem eletromecânica do terminal e conclusão das obras civis e do quebra-mar. O terminal, que começa a operar neste mês, já conta com alfandegamento e todas as licenças necessárias.

Além disso, R$ 41,2 milhões foram aplicados no Terminal 2, na construção do quebra-mar, dragagem e desenvolvimento do CCOTM (Centro de Controle Operacional do Tráfego Marítimo), e outros R$ 25,1 milhões na construção do quebra-mar do Terminal 1, aterro hidráulico e gerenciamento de obras. O restante foi aplicado nas obras do Terminal Multicargas (T-MULT) e na infraestrutura geral do empreendimento.

O Capex estimado para o ano de 2016 é de R$ 750 milhões. Deste total, R$ 360 milhões serão investidos pela Açu Petróleo e R$ 390 milhões pela Porto do Açu e outras empresas controladas pela Prumo.

No período, a Prumo apresentou receita líquida de R$ 32,1 milhões. O incremento verificado em relação ao mesmo período do ano anterior refere-se principalmente aos novos contratos assinados ao longo de 2015.

A partir de dezembro de 2015, a Prumo alterou a classificação contábil da empresa Ferroport, que anteriormente era contabilizada como uma operação em conjunto (Joint Operation) para empreendimento controlado em conjunto (Joint Venture). Com esta alteração contábil, o resultado da Ferroport deixou de ser consolidado proporcionalmente e passou a ser reconhecido por equivalência patrimonial.

Já o resultado financeiro foi impactado pelo aumento do endividamento e pelo início das operações, uma vez que as despesas financeiras deixaram de ser capitalizadas e passaram a transitar pelas demonstrações de resultado. As receitas financeiras foram impactadas positivamente pela variação cambial de R$ 73,5 milhões decorrente da dívida denominada em dólar da Companhia e da conversão para reais do balanço da empresa Açu Petróleo S.A. que tem o dólar como sua moeda funcional.

As despesas financeiras foram de R$ 160,8 milhões, compostas principalmente de juros, corretagens e variação monetária. As receitas financeiras foram de R$ 176 milhões, compostas principalmente de juros sobre mútuo, rendimentos sobre aplicações financeiras e variação cambial. O lucro líquido no segundo trimestre de 2016 foi de R$ 55,9 milhões. As despesas administrativas foram de R$ 29,7 milhões, cerca de R$ 3 milhões abaixo do mesmo período do ano anterior.

A Companhia fechou o 2º trimestre com um saldo em caixa e equivalentes de R$ 474,6 milhões e com endividamento líquido de R$ 4,3 bilhões, incluindo os juros e atualização monetária.

Destaques do trimestre

Entre os destaques do trimestre está a assinatura de um novo contrato de mútuo de US$ 50 milhões com um veículo de investimento administrado pelo EIG Global Energy Partners. Com estes recursos, a Prumo continuará investindo na conclusão das obras dos seus terminais e no desenvolvimento da infraestrutura do Porto do Açu, demonstrando o contínuo apoio da EIG no desenvolvimento dos negócios da Companhia.

Além disso, no trimestre, o Conselho de Administração da Overseas Private Investment Corporation (OPIC), agência financeira norte-americana de desenvolvimento, aprovou uma linha de credito no valor de até U$ 350 milhões para a Açu Petróleo S.A., subsidiária da Companhia. Esta nova linha de crédito propiciará o desenvolvimento do programa de investimentos do terminal de transbordo de petróleo, principalmente relacionado às obras de dragagem para aprofundar o canal de acesso do terminal, a fim de capacitá-lo para receber os navios VLCC´s (Very Large Crude Carrier).

Entre os principais eventos subsequentes está a operação de aumento de capital, divulgada em 26 de julho, com valor mínimo de R$ 495 milhões e máximo de R$ 740,6 milhões. Na operação serão emitidas no mínimo, 74.005.936 e, no máximo, 110.717.368 novas ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal de emissão da Companhia, no valor de R$ 6,69 cada. O Aumento de Capital tem como objetivo o fortalecimento da estrutura de capital da Companhia, reforçando o seu caixa para fazer frente a necessidades de capital de médio e longo prazo para o desenvolvimento de suas atividades e a redução dos níveis de endividamento. Com isso, parte dos recursos provenientes do aumento de capital será utilizada para pagamento dos mútuos com o EIG no montante de US$ 100 milhões de principal acrescido dos juros.

A empresa também celebrou instrumento de transação com Eneva S.A., que encerrou todos os contratos previamente celebrados, deixando de existir qualquer relação entre as empresas no Porto do Açu. O Acordo também estabelece que a Licença Prévia detida pela Eneva para a possível futura instalação de uma usina termelétrica a gás natural com capacidade de geração de 3,3GW no Porto do Açu passa a ser detida pela Prumo. Com isso, o Porto do Açu tem a possibilidade de instalação de geração de 6,6GW por meio de termelétricas.

A Prumo também assinou termo de compromisso com a Wilson Sons, que estabelece as principais condições técnicas e comerciais a serem adotadas pela Wilson Sons na operação de rebocadores para os clientes do Porto do Açu. Com a assinatura do Termo de Compromisso, as empresas passam a concentrar seus esforços em concluir o detalhamento das condições já negociadas e em assinar o contrato que regerá em definitivo a prestação de serviços de rebocagem para os usuários do Porto do Açu.

Fonte: Ascom Prumo