Não há trégua na maré astral da Petrobrás e o momento é de novos desafios. Apesar do impulso recente em novos projetos do pré-sal, a companhia registrou em março uma produção de petróleo na média de 2,02 milhões de barris por dia, valor que representa queda de 3% frente ao total obtido no mês anterior, quando foi produzida uma média de 2,09 milhões de barris diários. O resultado é o pior obtido em quase dois anos para o meses de março, somando uma queda de 10% na comparação com o mesmo período do ano anterior.
O saldo foi divulgado pela empresa nesta quinta-feira (20) e não trouxe dados animadores para o mercado. Além da produção de petróleo, houve redução no volume produzido de gás natural, que chegou à marca 67,8 milhões m³ por dia, diminuição de 10% frente ao mês de fevereiro.
De acordo com a estatal, a redução frente aos patamares anteriores foi causada, principalmente, pelas “paradas programadas em grandes unidades de produção”, além de manutenções corretivas na P-31, que retomou sua produção em 28 de março, e do incêndio que atingiu a plataforma P-48. A unidade reiniciou suas atividades de forma plena apenas no dia 16 de abril.
Sob os impactos da paralisação de unidades, a Petrobrás teve uma produção de petróleo no Brasil reduzida a 1,98 milhão de barris no primeiro trimestre deste ano. Ainda assim, ao passo que novos FPSOs começam agora a entrar no mercado, a companhia afirmou que manterá em vigência a meta de atingir 2,145 milhões de barris de petróleo por dia este ano
Apesar da queda, o cenário aponta hoje para um linha ascendente na produção da Petrobrás para os próximos anos. Mais uma vez, o crescimento do pré-sal melhorou as perspectivas da empresa, que ampliou em 1,2% sua produção de petróleo e gás na região. Segundo a companhia, o volume de 1,104 milhão de barris diários de óleo equivalente constitui um novo recorde mensal, superando o que foi obtido em fevereiro, com 1,091 milhão de barris de óleo equivalente por dia.
Fonte: Petronotícias