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Foto: Divulgação

Chegou final de semana e problemas com o fornecimento de água pela Companhia Estadual de Águas e Esgoto (Cedae) na área Central de São João da Barra e Atafona já dão sinais e poderão levar mais de uma semana. O rio Paraíba do Sul se encontra com nível baixo e com maré alta, o que aumenta a quantidade de sal no abastecimento de água.

De acordo com moradores da Atafona, os problemas com a água vêm sendo constantes e preocupam com a chegada do verão e do avanço do mar.

– Estou sem água na minha casa desde a tarde de ontem, 20. Quando vou escovar meus dentes sinto um gosto de sal e sei que isso poderá me prejudicar, pois tenho pressão alta. Sem contar do chuveiro que algumas vezes dá choque -, disse uma moradora que preferiu não ser identificada.

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Foto: Charlene Alves – Parahybano

Segundo o superintendente da Companhia Estadual de Águas e Esgoto (Cedae), Ranieri Nogueira, o problema é com a salinidade.

– Teremos duas semanas críticas por conta da salinidade, pois o rio Paraíba está baixo. Hoje, 21, por volta das 10h30 tivemos que interromper o fornecimento e às 16h houve o retorno. A previsão é de que 1h da manhã haja interrupção sem previsão de retorno. A maré baixando, voltamos a funcionar. Estamos monitoramos a cada hora -, disse.

Raniere destaca que apenas o Centro de SJB e Atafona estão sendo afetados com o interrompimento do fornecimento de água.

– Hospitais que precisarem podem solicitar caminhão pipa da Cedae através do telefone (27411909) de 8 às 14h. Vale lembrar que o normal para o tratamento da água é de 30 PPM (partículas por moléculas), e conseguimos tratar até 200 PPM, daí pra frente já é risco de doenças e choques elétricos no chuveiro.  Hoje, dia 21, chegou a 2,630 PPM, -destacou.

O sistema de captação direta no Paraíba do Sul atende a 37 municípios, sendo 26 no Rio de Janeiro e 11 em São Paulo, e a uma população de 11,2 milhões de pessoas. Em Minas Gerais, 88 cidades são afetados indiretamente, por serem abastecidos pelos afluentes. A guerra pela água já é uma luta nacional onde estados e governo fecharam um acordo que pretende garantir o abastecimento de água nos estados do Sudeste. A cota mais baixa desde que a régua foi instalada, em 1922, já foi registrada em 4,95, a mais baixa em 25 anos.

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