As perdas dos principais países produtores de petróleo com a queda do preço do barril foram superiores ao que estimava o Fundo Monetário Internacional. No último ano, as economias do Oriente Médio perderam US$ 390 bilhões em receita, frente a um prognóstico de US$ 360 bilhões. Pior ainda, há uma previsão de futuras perdas de US$ 150 bilhões para este ano.
A pressão sob países como Kuwait e Arábia Saudita vem crescendo, com medidas antes inimagináveis sendo tomadas pelos governos locais, como cortes em subsídios para energia e aumento de impostos. Os árabes ainda planejam abrir capital da sua maior empresa, a Saudi Aramco, para reforçar seu caixa e aliviar a dívida pública, que saltou nos últimos meses.
Para o diretor do Departamento do Oriente Média e da Ásia Central do FMI, Masood Ahmed, este é o segundo ano de um processo de ajuste de orçamentos, que pode levar de quatro a cinco anos, para que se alcance um equilíbrio entre gastos e arrecadação.
Mesmo com o cenário ruim, os países exportadores da região devem crescer em 3% sua economia, contra 2% no ano passado, incentivados pelo Iraque e Irã, que vêm aumentando seus níveis de produção de petróleo. No Golfo Pérsico, entretanto, as perspectivas são ruins, já que investimentos têm sido cortados para controlar seus déficits.
Fonte: Petronotícias