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Foto: Paulo Pinheiro

Marcada por dois adiamentos devido a ações judiciais durante a licitação e dois atrasos, na liberação de verbas e agora, as chuvas nos últimos dias, a Ponte da Integração que ligará São João da Barra (SJB) a São Francisco de Itabapoana (SFI) deverá ser entregue em julho de 2016. A obra é aguardada pela população desde a década de 80 e a demora tem sido prejudicial, principalmente para escoamento da produção agrícola. A ponte passou por dois processos licitatórios complicados. O primeiro teve como vencedor o consórcio Ponte Paraíba do Sul, formado pela Imbeg, Imbé Engenharia Ltda. e a Premag, Sistema de Construções Ltda. A empresa Construtora A. Gaspar questionou o resultado da licitação, e obteve liminar favorável na 7ª Vara da Fazenda Pública. Com o impasse se arrastando desde 29 de outubro de 2013, no dia 04 de fevereiro de 2014 o DER suspendeu a licitação e abriu um novo processo. A segunda licitação foi realizada em menos de um ano para o início das obras, prejudicadas  com o atraso no cronograma devido a chuvas.  O projeto atual substitui o original, que teve início em 1981, mas foi paralisado em 1985, cinco anos antes da extinção do Departamento Nacional de Obras de Saneamento (DNOS), no governo Collor.

Orçada em R$ 105.789.109,67, a Ponte da Integração com 1.344 metros de extensão, já está com todos os pilares da parte terrestre finalizados. No total, são 35. A obra mobiliza, atualmente, cerca de 80 trabalhadores.

O diretor de Divisão do Departamento de Estradas de Rodagem do Estado do Rio de Janeiro (DER-RJ), em Campos, Ivan do Amaral Figueiredo, explicou que a escolha do lado de SJB, como canteiro de obra central, foi em função do o acesso facilitado pela BR 356.

— As chuvas nos últimos dias na região, que culminaram na cheia do rio Paraíba do Sul, resultaram em um pequeno atraso dos trabalhos, pois os operários foram impedidos de trabalhar com as vigas do pilar 10. Um mini porto também foi construído para proteger o terreno onde fica um guindaste, que permanece em um local fixo e auxilia os trabalhadores. De agora em diante dependemos do rio — observou Ivan.

Ele disse que, os trabalhos estão concentrados no fechamento da cabeceira no lado de SJB, para que caminhões de concreto comecem a subir na ponte. Este trabalho deve ser concluído até o final desta semana, uma vez que, o expediente não vai parar durante as festas de final de ano.

De acordo com Ivan, o projeto inicial da cabeceira mudou, após sondagens da situação da terra no local, que “não muito boa, mas o problema foi resolvido”. Ele adiantou que, 34 vãos precisam ser fechados com calda de concreto “para proteger o interior da ponte para o resto da vida”. Um ponto destacado por Ivan é que, diversas partes da ponte já vêm prontas de fábricas, o que facilita o andamento dos trabalhos. “Toda ponte é importante. Ponte é sinal de ligação. É uma coisa fantástica”, disse.

O supervisor da obra, Antônio Freitas, também destacou o imprevisto da cheia do rio, que impossibilitou a instalação de vigas. “O acesso até o final da obra (parte terrestre) ficou intransitável”, concluiu.

Fonte: Folha da Manhã

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