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Foto: Divulgação

Sem soluções a curto prazo, a Petrobrás busca encolher mais ainda suas operações e o cenário é de desmonte na empresa, que se encontra hoje no olho do furacão político do país. A estatal pretende apresentar a seus funcionários um novo Plano de Demissão Voluntária (PDV) com objetivo de dispensar até 12 mil trabalhadores, em medida que representa corte de 15% no quadro de 77,8 mil funcionários efetivos da companhia liderada por Aldemir Bendine (foto. Além de incluir a área administrativa, a redução deve afetar os profissionais da BR Distribuidora e da Transpetro, o que visa a tornar as subsidiárias mais atrativas para o processo de venda de ativos.

Ao mesmo tempo em que acena para novos cortes, a estatal busca reconquistar a confiança do mercado e deve retomar em breve algumas das principais obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). O Petronotícias teve acesso a informações de que a empresa irá acelerar novamente a construção da Tubovia, que vinha paralisada desde outubro devido ao não pagamento de aditivos exigidos pelo consórcio formado pela Andrade Gutierrez. À época, a interrupção levou à demissão de quase mil operários.

Os novos cortes no quadro de funcionários revelam hoje uma companhia que, pressionada por todos os lados, se esforça para atender aos desejos do mercado e movimentar novos investimentos na cadeia nacional. Segundo reportagem do Estadão, as demissões deverão abranger tanto funcionários novos quanto antigos, sendo aposentáveis ou não, com a meta de garantir o maior número possível de adesões. O último plano de demissão voluntária da empresa, lançado em janeiro de 2014, conseguiu desligar um total de 6,2 mil funcionários, em uma economia estimada de R$ 13 bilhões até 2018.

O plano deverá ter duração de dois meses, e já teve suas cláusulas apresentadas a centrais sindicais por executivos da petroleira e aguarda agora validação por parte do Conselho de Administração. Atualmente em período de silêncio devido à divulgação de seus resultados de 2015 na próxima semana, a Petrobrás não confirmou o planejamento de cortes.

Fonte: Petronotícias