Foto: Elder Amaral

A Irmandade de Nossa Senhora da Penha está convocando todos os católicos para que no próximo dia 15 de março possam estar presentes em uma assembleia, às 18h30, no Santuário de Nossa Senhora da Penha, onde será apresentada uma proposta para que a santa possa ser elevada a padroeira do município de São João da Barra junto com São João Batista.

Após aprovação dos fieis, a proposta será encaminhada ao Bispo Dom Roberto Francisco Ferrería da Paz para apreciação e homologação.

Em 2018 a igreja foi elevada à condição de Santuário Diocesano Mariano de Nossa Senhora da Penha.

Segundo o Wikipedia, até a chegada dos portugueses ao Brasil, no século XVI, toda a região da foz do Rio Paraíba do Sul era ocupada pelos índios goitacá. A partir de 1630, a região passou a ser colonizada por pescadores provenientes de Cabo Frio. Data, dessa época, a construção da Ermida de São João Batista, que daria origem à Vila de São João Batista da Barra. No século XVIII, a vila tornou-se um importante ponto de passagem para o açúcar proveniente de Campos dos Goytacazes em direção a Salvador. Em 17 de junho de 1850, a vila foi elevada à condição de cidade por decreto do imperador brasileiro Dom Pedro II. Após um período de decadência durante a maior parte do século XX, a cidade voltou a prosperar com a descoberta de petróleo na Bacia de Campos no final desse século.

A Igreja Matriz
por Fernando Antônio Lobato

Foto: Fernando Antônio Lobato Borges

Em 1770, o vigário Encomendado da matriz de São João, Diogo de Carvalho da Costa, compareceu em audiência pública com o Corregedor José Ribeiro Guimarães de Athayde, afim de solicitar auxílio do Senado da Câmara para o conserto da matriz que estava por cair. Em solene discurso, declarou o vigário que “seria maior desgraça deixar-se extinguir um templo que só para a sua glória bastava ser o mais antigo da Capitania da Paraíba do Sul.”

Construída em 1630, por Lourenço do Espírito e mais pescadores, a primitiva capelinha de São João da Praia foi confirmada em 1644 pelo prelado do Rio de Janeiro D. Antônio de Maris Loureiro. Construída de palha foi refeita e ampliada diversas vezes. Sempre na mesma posição e no mesmo lugar…

Em 1780, José Ferreira Passos e Josepha de Anchieta, mulher de Francisco Pereira Chelas, saindo festeiros de São João, fizeram derrubar a velha capela e reconstruíram com muito boa madeira…

Em 1818, finalmente foi reconstruída de pedra e cal, pelo empenho do vigário Francisco José Pereira de Carvalho, com o legado pior do Padre Belchior Alves Rangel e Silva, irmão do Barão de São João da Barra. Nessa obra, além do espaçoso edifício central, foram acrescentadas varandas, consistórios e sacristias.

Em 1840, com as obras finalmente concluídas foi o interior totalmente decorado com ricos afrescos do pintor campista Clemente de Magalhães Bastos, cuja obra prima, o quadro “Homem-Deus” destacava-se no pináculo do edifício.

Não havia, nos primórdios, irmandade, sendo os bens da igreja, administrados pelos tesoureiros em comum acordo com os vigário, o que vez por outra gerava conflitos mais ou menos funestos… Eram esses bens: casas, gado e jóias, fruto de doação dos devotos.

A irmandade surgiu em 1857 instituída pelo Comendador Joaquim Thomas de Farias, com seu compromisso aprovado legalmente.

Em 15/07/1882, durante a madrugada, um grande incêndio destruiu o corpo central do edifício, todo o telhado ruiu e as chamas transformaram em cinzas o rico interior, destruindo imagens e paramentos.

Reconstruída nos anos seguintes, manteve seu exterior barroco, modificando o interior para o feitio atual…

Na década de 1940 foi acrescentada a torre sineira.

Leia também: Nossa Senhora da Penha: Padroeira de Atafona e dos pescadores

A Igreja Matriz

Foto: Elder Amaral