O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) concluiu o primeiro Levantamento Rápido de Índice para Aedes aegypti (LIRAa) de 2024. A pesquisa amostral, realizada entre os dias 8 e 12 deste mês, aponta Índice de Infestação Predial (IIP) de 4,9%, considerado alto risco. Até o momento, foram contabilizados 75 casos confirmados de Dengue. Não há casos de Chikungunya e Zika. Mediante o resultado, o órgão reforça a necessidade de intensificar as medidas de prevenção, o que será feito já a partir da próxima semana.
“Já esperávamos esse resultado pois, considerando a série histórica, todo LIRAa de janeiro é sempre mais alto. Isso se deve ao fator climatológico, com chuvas e altas temperaturas, que está muito favorável à proliferação do mosquito e do aspecto socioambiental no município. Os dados continuam apontando que 80% dos focos ainda são encontrados dentro das residências”, explica o coordenador do Programa Municipal de Controle de Vetores (PMCV), Claudemir Barcelos.
Ao todo foram identificados e coletados, para análise laboratorial, 459 focos do Aedes. Entre os criadouros predominantes do vetor, o destaque foi para os depósitos móveis com 52,1%, seguido de resíduos sólidos com 17,7% e de pneus com 9,9%. Em depósitos fixos o índice foi de 9,3% e depósitos ao nível do solo para armazenamento doméstico com 8,7%.
“Os focos são encontrados nos mais diversos tipos de depósitos, como, por exemplo, vasos/frascos com água, pratos de plantas, garrafas retornáveis, recipientes de degelo em geladeiras, bebedouros em geral, principalmente de animais, recipientes plásticos, sucatas, caixas d’água, além de pneus e outros materiais rodantes”, exemplificou Claudemir.
O Aedes aegypti circula o ano inteiro e, por isso, o monitoramento e o controle ocorrem de forma ininterrupta, sendo intensificados no período de sazonalidade de doenças como Dengue, Zika e Chikungunya. Entretanto, a colaboração da população é muito importante para a redução da proliferação do vetor.
“O índice do LIRAa está alto. Precisamos manter os cuidados, principalmente porque, no Estado, já está circulando simultaneamente os sorotipos 2 e 3 da Dengue. Pedimos à população, principalmente àquelas pessoas que irão viajar, que façam a vistoria em seus imóveis e eliminem água parada e recipiente que podem acumular água, para evitar a proliferação do mosquito”, orientou o diretor do CCZ, Carlos Morales.
O diretor cita algumas medidas que podem ser adotadas pela população para combater o mosquito: manter lixeiras sempre tampadas; deixar o quintal sem lixo e entulhos; colocar garrafas e baldes de cabeça para baixo; manter reservatórios de água do ar-condicionado, geladeira e umidificador secos e vazios; bebedouros dos animais devem ser limpos com bucha ou escova semanalmente; os ralos devem estar limpos e protegidos por tela; manter as canaletas e calhas desobstruídas para não acumularem água das chuvas; fazer a manutenção periódica de piscinas e caixas d’água, dentre outras.
Além das atividades rotineiras, o CCZ vai realizar ações complementares para controle do vetor, que serão divulgadas em breve.
Fonte: Ascom