O Governo do Estado recebeu, nesta segunda-feira (05/06), a confirmação de mais um caso de Influenza Aviária (H5N1) em uma ave silvestre migratória, encontrada numa praia de Niterói, Região Metropolitana do Rio. Com esse registro, o total subiu para seis. Esta ave é da espécie Fregata (Fregata magnificens); as demais são da espécie trinta-réis-de-bando (Thalasseus acuflavidus). Na última sexta-feira (02.06), duas aves foram encontradas em São João da Barra, litoral Norte do Rio de Janeiro. As secretarias de Estado de Saúde (SES-RJ) e de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento (Seappa) do Rio de Janeiro orientam a população a não tocar em aves silvestres com sinais de doença e acionar o serviço de vigilância sanitária.
Dos casos registrados no estado, além deste de Niterói, três ocorreram em São João da Barra, um foi identificado no município do Rio de Janeiro, e um em Cabo Frio. A SES-RJ e a Seappa emitiram nota técnica (https://bit.ly/3Mr7ARx) aos 92 municípios fluminenses orientando sobre o manejo adequado de aves silvestres. Ele só pode ser feito por profissionais habilitados e com uso de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual).
Técnicos da Vigilância em Saúde da SES-RJ ressaltam que não há motivos de preocupação para a população sobre epidemia de H5N1, pois no momento não há transmissão direta, de pessoa para pessoa. É importante lembrar que a doença não é transmitida pelo consumo de carne de aves e nem de ovos. As infecções humanas pelo vírus da Influenza Aviária ocorrem por meio do contato direto com aves infectadas (vivas ou mortas).
– O mais importante é informar a população para evitar o contato com aves silvestres encontradas principalmente no litoral. Estamos ampliando a vigilância e orientando os 92 municípios – disse o secretário de Estado de Saúde, Dr. Luizinho.
Secretarias emitem nota técnica com orientação sobre manejo
A SES-RJ orienta profissionais das unidades de saúde que estejam atentos, durante triagem e atendimento médico, a casos de síndrome gripal em pacientes que tiveram contato com animais silvestres. Havendo suspeita, a coleta de amostras é recomendada, independentemente do dia de início dos sintomas, incluindo os casos em unidade de terapia intensiva (UTI). O diagnóstico por RT-PCR é considerado o método padrão-ouro e deve sempre ser adotado para obtenção dos resultados laboratoriais.
A Secretaria de Agricultura informa que também não há qualquer registro da doença em aves domésticas, em áreas de produção comercial ou de subsistência no território fluminense. Em caso de suspeita, o cidadão deve ligar 193 ou comunicar imediatamente à unidade da Defesa Agropecuária da região ou à Coordenação de Vigilância Ambiental de seu município. Os profissionais da Defesa Agropecuária estão devidamente capacitados para o atendimento às notificações da doença em animais.
– Alertamos que deve ser evitado qualquer contato direto com aves caídas, mortas ou não, domésticas, silvestres/exóticas e silvestres migratórias, mamíferos aquáticos (qualquer espécie). O cidadão deve comunicar imediatamente à unidade da Defesa Agropecuária da região ou à Coordenação de Vigilância Ambiental de seu município – destaca o secretário de Agricultura, Dr. Flávio.
A Secretaria de Agricultura, por meio da Superintendência de Defesa Agropecuária, aconselha criadores de aves de corte ou postura que intensifiquem as medidas de biosseguridade das granjas. Devem ser tomados cuidados como: proibir terminantemente qualquer tipo de visita às unidades de produção; conferir cercamento de núcleo e telamento de galpão; manter o portão de acesso da propriedade fechado; desinfecção de veículos em pleno funcionamento e de materiais que acessem a granja; cuidados com a ração e água; restringir criação de aves pelos funcionários. Para ter acesso aos e-mails e endereços dos núcleos de Defesa Agropecuária basta acessar o link: https://bit.ly/3krh0in.