Policiais militares apreenderam dois carretéis de linha chilena por volta das 16h deste domingo, 26, no bairro Jardim das Palmeiras, em Atafona, distrito de São João da Barra. Um homem foi detido e liberado na delegacia.
Segundo informações da polícia, através denúncia foi possível localizar o homem com uma linhas soltando pipa. Durante revista no interior do carro foi encontrado um carretel grande de linha chilena, onde o mesmo confirmou sendo seu. O homem foi liberado e o material apreendido.
O comandante do Destacamento Policial de São João da Barra, o subtenente Figueiredo, orienta aos pais dos menores para não permitam a compra da linha chilena, pois é um material altamente cortante e, até mesmo, os usuários podem se machucar.
– Os menores serão acompanhados de seus pais e os maiores que também estiveram usando a linha chilena serão encaminhados para delegacia -, destacou Figueiredo.
O caso foi registrado na 145ª Delegacia de Polícia de São João da Barra.
A ação foi realizada pelo sargento Adeilson e cabo Josle com apoio da fiscalização de postura de São João da Barra.
Linha chilena é um perigo
Com um poder de corte quatro vezes maior do que o cerol, a linha chilena vem transformando a simples brincadeira de soltar pipa em um verdadeiro perigo. O material, que vem ganhando cada vez mais adeptos. A linha é vendida em carretéis de 500 metros por valores a partir de R$ 30 em diversas cores. Ela é composta por químicos que ampliam o seu poder de corte. Exatamente por isso é que muitos jovens a utilizam, para poder partir a linha do adversário. Muitos usuários reconhecem o risco e chegam a cobrir os dedos com esparadrapos para não ferir as mãos.
O ex-prefeito Eduardo Paes sancionou no dia 27 de maio de 2012, uma lei que proíbe a venda da ‘linha chilena’, moda entre pipeiros e ameaça na cidade. Feita com alumínio e quartzo e com poder de corte quatro vezes maior do que a linha comum com cerol, a chilena vem causando acidentes com crianças e motociclistas.
Quem solta pipa com linha chilena, que custa mais que o dobro da comum, usa proteção nos dedos para não feri-los. Segundo a Associação Brasileira dos Motociclistas, 25% dos acidentes envolvendo condutores e linhas com cerol são fatais no Brasil.
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