Ex-jogador do Fluminense estava internado com problemas renais. Ex-companheiro de ataque e Casal 20, Washington faleceu no final de maio, também em Curitiba
O ex-jogador Assis faleceu na madrugada deste domingo, em Curitiba. Um dos maiores ídolos da história do Fluminense, e com passagem de destaque também pelo Atlético-PR, teve falência múltipla dos órgãos causada por uma infecção e morreu às 5h30. Aos 61 anos, ele deixa mulher e dois filhos.
O médico e diretor clínico do Hospital Vita, onde faleceu Assis, Luiz Fernando Kubrusly, informou que ele sofria de uma doença renal crônica. Antes de ser internado, ele fazia um tratamento em casa chamado de ‘diálise peritoneal domiciliar’. O processo é semelhante à hemodiálise. A diferença é que pode ser feito em casa, o que traz mais conforto para os pacientes em geral. Por conta disso, os riscos de infecção, conforme o médico, são mais suscetíveis. Assis ficou internado por 15 dias logo após adquirir uma dessas infecções chamada de ‘peritonite’, que é uma inflamação do peritônio, o tecido fino que reveste a parede interna do abdômen e cobre a maioria dos órgãos abdominais.
– Infelizmente, esse tipo de infecção é muito grave e ele não respondeu ao tratamento com antibióticos. Foi então que veio a ocorrer a múltipla falência dos órgãos – disse Kubrusly.
O ex-jogador iniciou sua carreira em 1972, no Francana, do interior paulista. Seu primeiro clube de destaque foi o São Paulo, onde jogou entre 1980 e 1981. Depois de passagem pelo Internacional e destaque no Atlético-PR, o atacante chegou ao Fluminense, clube no qual fez mais sucesso e chegou a atuar pela seleção brasileira em dois amistosos em 1984, contra Inglaterra e Uruguai.
Assis formou, ao lado de Washington, o Casal 20, dupla de ataque de muito sucesso na história no Tricolor, entre 1983 e 1987. Washington faleceu no último dia 25 de maio. Ele sofria de esclerose lateral, uma doença degenerativa. Pelo Flu, Assis conquistou o tricampeonato carioca (83, 84 e 85) e o Campeonato Brasileiro de 1984. O clube declarou luto oficial de sete dias e realizará uma missa de sétimo dia no Rio de Janeiro.
Peter Siemsen, presidente do Fluminense, lamentou a morte do “Carrasco”, apelido que recebeu por seus gols nos Fla-Flus decisivos dos Cariocas de 83 e 84.
Fonte: G1