Em ata da última reunião, Comitê de Política Monetária afirmou que a inflação tende a permanecer elevada neste ano
No texto, o Banco Central também reconhece que a inflação deve permanecer elevada ao longo deste ano e reforça a mensagem de que é preciso “determinação” e “perseverança” para combatê-la.
“Nesse contexto, conforme antecipado em notas anteriores, esses ajustes de preços fazem com que a inflação se eleve no curto prazo e tenda a permanecer elevada em 2015, necessitando determinação e perseverança para impedir sua transmissão para prazos mais longos”, informou o documento, que se refere à última reunião do Copom, na qual foi decidido reajuste de 0,5% na taxa básica de juros (a Selic), que passou a 13,75%, o maior nível desde 2009.
Levando em conta o teor do discurso de batalha contra a inflação e a aceleração do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em maio, a expectativa é que o BC volte a elevar a Selic na próxima reunião, em julho. A expectativa do mercado é que a taxa possa ultrapassar a marca de 14% até o final do ano.
Considerando que a inflação alta se restringirá a 2015, o Copom afirmou que espera um cenário de convergência da inflação para 4,5% (o centro da meta) em 2016. Apesar disso, a instituição voltou a ponderar que os “avanços alcançados” no combate a inflação até agora “ainda não se mostram suficientes”.
O comitê também admitiu que a expansão da atividade econômica neste ano será “inferior ao potencial”. “Em particular, o investimento tem se retraído, influenciado, principalmente, pela ocorrência de eventos não econômicos, e o consumo privado mostra sinais de moderação. Entretanto, para o Comitê, depois de um período necessário de ajustes, o ritmo de atividade tende a se intensificar, na medida em que a confiança de firmas e famílias se fortaleça”, afirmou o documento.
Fonte: Veja