Foto: Lula Marques/Agência PT

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Eduardo Cunha (PMDB) não cansa de surpreender. Ao final do depoimento ao juiz Sérgio Moro, na Justiça Federal em Curitiba, o ex-presidente da Câmara leu uma carta de próprio punho na qual afirma ter um aneurisma cerebral, “o mesmo mal que acometeu a ex-primeira-dama Marisa Letícia”, segundo ele.

O ex- disse “correr risco” na cadeia. “O presídio onde ficamos não tem a menor condição de atendimento se alguém passar mal. São várias as noites em que presos gritam, sem sucesso, por atendimento médico”, disse.

O interrogatório foi o primeiro do peemedebista diante de Moro. A audiência era parte da ação em que o deputado cassado é acusado de ter recebido em suas contas na Suíça propinas de ao menos R$ 5 milhões de propinas na compra, pela Petrobras, de um campo em Benin, na África, em 2011.

O Ministério Público Federal sustenta que parte destes recursos foi repassada para Cláudia Cruz, mulher de Cunha, também em contas no exterior — a transação está sendo investigada em outra ação, específica contra a mulher do peemedebista.

Cunha, que está preso desde outubro, declarou a Moro que era alvo de um processo político. “Queria protestar. Empresas estrangeiras são poupadas de responsabilização e empresas brasileiras pagam bilhões no exterior além da perda de mercado”.

O Supremo Tribunal Federal (STF) julga nesta quarta-feira um recurso em que Cunha pede a anulação de sua prisão preventiva.

Fonte: O Dia