A Diocese de Campos, por meio do seu Bispo Diocesano Dom Roberto Francisco Ferrerìa Paz, informou, por meio de nota, que é leviano dizer que uma instituição esteja possuída pelo demônio já que na manhã da última sexta-feira, o Padre Giovanni Fernandes Ribeiro, da Paróquia São João Batista, em São João da Barra, divulgou uma nota após o ocorrido com uma integrante da igreja onde disse que infelizmente em SJB há uma tradição (demoníaca) de humilhar e perseguir padres.
“Em primeiro lugar, é leviano dizer que uma Instituição esteja possuída pelo demônio. O rito de exorcismo atual não tem libertação coletiva, a possessão sempre é pessoal. Dizer que toda ela é demoníaca é pesado, deveria ser provado por um exorcista por um estudo bastante dedicado, porque se não é provado se transforma em difamação”, disse o Bispo.
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Foto: Elder Amaral
Ainda segundo a nota, o Papa Bento VI na encíclica “Caritas in veritate” (Deus é caridade), fala que “toda a verdade é amorosa e todo o amor é verdadeiro”.
“A nossa fala deve ser sempre nos termos de buscar a compreensão e o diálogo. A respeito da carta divulgada, é mencionado que o sacerdote qualifica a Irmandade como “demoníaca, uma instituição que humilha padres e persegue, como se argumenta neste caso pelo dízimo, pelas pastorais e pela catequese”. Segundo, que fala da humilhação, mas nunca teve um padre que viesse dizer que foi humilhado pela Irmandade”, acrescentou Dom Roberto dizendo que para ter uma compreensão maior e a luz dos 100 anos da Diocese é que a paróquia São João Batista foi criada em um modelo de contexto de uma Irmandade.
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Foto: Parahybano
“É uma estrutura, em si interessante, mas que leva a situações de conflito e tensão, não por culpa das pessoas, mas são dois modelos de Igreja, paróquia, especialmente a paróquia do Concílio Vaticano II, e a experiência de uma Irmandade, que é laical, no qual o padre é um funcionário ou apenas um capelão. Então, a situação leva a uma constante disfunção, caso não fique claro os termos e o acordo para funcionar. A Irmandade é a que tem o domínio do templo que abriga a Matriz, portanto, têm encargos, convênios e deve proteger os bens culturais que lhe foram confiados”, destacou.
Dom Roberto Francisco comentou ainda na nota que o padre esqueceu de mencionar a proposta que ele fez a Cúria Diocesana, que só ficaria se a Paróquia fosse transferida para a Igreja da Boa Morte.
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Foto: Elder Amaral
“A Igreja Matriz seria reduzida a Capelania. Entretanto, isso não depende dele, pois é um processo, no qual envolve todas as pessoas e não se faz da noite para o dia. O Pe. Giovanni se esqueceu naquilo que está no “Evangelium Gaudium”, o tempo é mais importante que o espaço, que temos que caminhar juntos, dialogar e ver todos os ângulos da realidade”, argumentou.
O bispo concluiu afirmando que o sacerdote veio para trabalhar como administrador paroquial, uma função provisória, e deixou a Paróquia a disposição. “Nós nomeamos outro por isso. Gostaria esclarecer isso, para o bem da paz a verdade deve ser dita”, afrimou.
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Aguardando o Giovanni para a tréplica…
Acredito que nunca haverá tréplica, o padre deve obediência ao Bispo. O que for definido deve ser feito.
A situação ficou muito obscura, não foi possível entender que de fato aconteceu. Como o padre é nomeado como administrador e é apenas um funcionário devido ao modelo adotado pela irmandade?
Então ele não administra.
Triste situação, espero que a arquidiocese e o padre estejam bem e que sigam a vontade de Deus sempre.