O delegado titular da 146ª Delegacia Legal (DL/Guarus), Luis Maurício Armond, acompanhado do comandante do 8º Batalhão de Polícia Militar (BPM), tenente coronel Fabiano Santos, confirmou nesta quarta-feira (23/08) para a imprensa que Luana Santos, de 24 anos, foi a mandante do crime contra a cunhada Ana Paula Ramos. 25 anos. Armond classificou o caso como “macabro”. O delegado esclareceu que os envolvidos tiveram mandados de prisão temporária de 30 dias pelo crime de homicídio triplamente qualificado e que as investigações prosseguem para saber o real motivo, não descartando a hipótese de crime passional.
A princípio, as informações apontadas pela Luana, que estava com Ana Paula no momento do homicídio, eram de que ela e a cunhada teriam sofrido um assalto. “No momento em que um dos suspeitos, ao pegar o celular de Ana Paula, a mesma teria reagido e acabou sendo atingida por três tiros. Essas informações preliminares chegaram à polícia e iniciamos as investigações. Luana reconheceu formalmente o executor do crime (I.M.S) como um dos autores do, até então, latrocínio (roubo seguido de morte), e o mesmo acabou sendo preso”, ressaltou.
O delegado relata que foi identificado o segundo executor. Com o apoio da PM, Wermison Carlos Sigmaringa Ribeiro, 19 anos, foi preso na Praia de Santa Clara, no município de São Francisco de Itabapoana. “Dessa prisão, nos deparamos com um homicídio encomendado pela Luana, que solicitou, através do Facebook, ao namorado de uma amiga dela de infância para dar um susto em uma pessoa que estaria maltratando uma criança de quatro anos, fruto do relacionamento do marido dessa pessoa com outra mulher, que seria madrinha da Luana, mas sabemos que estes fatos não correspondem com a verdade”, relatou.
De acordo com o delegado, este namorado da melhor amiga de infância de Luana, identificado como Marcelo Henrique Damasceno de Medeiros, foi quem intermediou a contratação de Igor e Wermison. “Foi combinado um encontro em uma padaria no dia anterior aos fatos. Conseguimos localizar duas testemunhas que reconheceram tanto a Luana quanto os três suspeitos no interior deste estabelecimento”, revelou.
Diante a detenção dos suspeitos, o intermediário e os executores confessaram que Luana teria realizado a contratação, dando no dia do encontro uma quantia de R$ 2 mil para que executassem Ana Paula, simulando um latrocínio, e que o restante combinado (R$ 500,00), daria no dia do crime. “Ficou combinado que Ana Paula seria levada para a praça de Custodópolis, mas no dia dos fatos, quando viram que tinha bastante gente na praça, resolveram seguir até o Parque Rio Branco, onde tudo aconteceu”, explicou.
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Fonte: Ururau