Assim, módulos replicantes (repetidos dos projetos de outras plataformas, tipo FPSO) seriam ali montado com previsão de integração de uma delas junto ao cais do consórcio no Açu. No caso das plataformas P-67 e P-70.
De lá par cá a OSX, entrou em crise por conta dos problemas da empresa de óleo e gás do grupo X, do empresário Eike Batista e atualmente vive processo de recuperação judicial.
Sua obra de construção de um enorme estaleiro (Unidade de Construção Naval – UCN) também junto ao Terminal 2 do Porto do Açu foi interrompida, desde 2013 estando o material lá alocado, em processo de deterioração.
A área que a OSX tinha alugada da antiga LLX, atual Prumo, foi por esta conseguida de volta, por falta do pagamento do aluguel, por decisão judicial, dentro do processo de recuperação judicial. A Prumo agora está buscando um novo interessado em alugar a área e voltar a desenvolver o projeto de estaleiro nesta área.
De outro lado do consórcio, a Construtora Mendes Junior está entre as investigadas da Operação Lava Jato e por conta disso em crise. O consórcio chegou a ter entre 2013 e 2014 cerca de 700 funcionários.
Hoje, possuem cerca de 80 funcionários que atuam na montagem de um dos módulos d plataforma P-67 que deverá ser levado para ser integrado ao casco de um navio, se transformado numa plataforma tipo FPSO na China.
Para a montagem e integração da P-70 que iria ser feita no Açu, a OSX entrou com o aluguel de um superguindaste (Mammoet) que chegou a começar a ser montado no Açu. Porém, depois dessa crise ele começou a ser desmontado e hoje, suas peças estão guardadas em cerca de 250 contêineres no pátio da Integra no Açu.
Nessa mesma área, há ainda dois outros grandes guindastes parados no mesmo pátio desde o final do ano passado. Parte dos módulos da P-70 que
chegou a ser montado, teve que ser desmontado para em partes seguir para nova montagem e integração na China.
O Consórcio tem também uma outra base de montagem destes módulos no município de Itajaí, em Santa Catariana. Uma parte do pessoal administrativo da base no Açu fica hospedado em Campos e estaria também em processo de desmobilização.
A não ser que haja alguma mudança, seja no Consórcio Integra ou na área que a OSX montava a Unidade Construção Naval no Açu, os projetos da indústria naval junto ao Porto do Açu, em São João da Barra ficam interrompidos com esse processo descrito acima.
Pelas informações obtidas pelo blog, a Mendes Júnior tem expectativas de voltar a ativar esta base junto do Porto do Açu, por isso, ainda manteria um número grande de pessoal de gerência e administração em seu quadro local.
Há entre pessoas que acompanham toda a movimentação do setor naval, diante dos problemas da Operação Lava Jato, quem creia que uma reorganização dessa cadeia possa se dar com o surgimento de “novas” empresas.
Essas “novas” organizações passariam a usar os “ativos” de equipamentos, área e pessoal que vinha atuando para os estaleiros que construíam, em sua maioria, embarcações para atendimento da demanda de exploração de petróleo offshoe no litoral brasileiro, com plataformas, sondas e diversos tipos de navios de apoio.
O estado do Rio de Janeiro é a principal base de construção naval do país. Aqui estão 22 dos 50 estaleiros instalados no país e, até antes da crise, eles reuniam 44 mil trabalhadores, num total de pouco mais de 80 mil que atuavam na construção naval nos estaleiros brasileiros, já em atuação: (Pernambuco, Rio Grande do Sul e Santa Catarina); ou outros em fase final de montagem em Alagoas, Bahia e Espírito Santo. O ERJ possuía antes da crise um total de 20 bases (estaleiros).
Sendo que 20 ficam entre Rio e Niterói, outra é a Brasfels, base brasileira do estaleiro de Cingapura Fels, que usa área e equipamentos doo antigo estaleiro Verolme e Angra dos Reis e o Consórcio Integra que vinha funcionando aqui no Açu.
Fonte: Blog do Roberto Moraes