O Centro Municipal de Cardiologia de São João da Barra já atingiu a marca de 20 mil atendimentos, entre consultas e exames, desde a sua criação, em outubro de 2022. A cidade é uma das primeiras do interior do Estado do Rio a contar com uma unidade exclusiva para atendimento cardiológico mantida pela Prefeitura, diagnosticando e tratando das doenças cardiovasculares, que são a principal causa de mortes no Brasil.

Além das mais de 10 mil consultas ambulatoriais já realizadas, a oferta de exames é outro destaque, alguns deles sequer são disponibilizados na rede pública de outras cidades. Já são cerca de 10 mil procedimentos entre ecocardiograma e eletrocardiograma, cujas filas de espera foram zeradas, além de outros exames como mapa, holters, teste de esforço, ultrassonografias comuns e com doppler e ecocardiograma pediátrico e fetal. Só as ultrassonografias realizadas no Centro batem 5 mil em pouco mais de um ano e meio de atendimento.

Levantamentos realizados pela Secretaria Municipal de Saúde mostram que o número de consultas mensais no Centro Municipal de Cardiologia dobrou desde a sua criação. Se em novembro de 2022 as consultas agendadas batiam mensalmente cerca de 500, agora elas chegam a 1 mil, incluindo os atendimentos cardiopediatra, ofertados por dois dos oito médicos que atuam no Centro, que conta também com um espaço de reabilitação cardiológica. Outro serviço importante é a realização de ecocardiograma fetal, um exame que nem todos os municípios oferecem, sendo de extrema importância para já ser detectado qualquer problema cardíaco desde a gestação.

— Nós temos quatro consultórios e realizamos em média 180 consultas ambulatoriais durante a semana. Temos uma equipe completa e muito dedicada. Os médicos são muito elogiados, o que nos traz muita satisfação. Só no mês de maio, por exemplo, realizamos mais de 760 exames. Além disso, pacientes que submetem à cirurgia podem ser assistidos e avaliados conosco, fazendo reabilitação, terapia… Nós temos uma sala toda equipada para que esses pacientes estejam sendo acompanhados e se recuperando— destacou o coordenador administrativo do Centro de Cardiologia, Anderson Quintanilha.

Entre os já atendidos está o comerciante Denildo de Souza, de 62 anos, que ainda está se recuperando de um problema cardíaco, que foi diagnosticado e teve todos os encaminhamentos feitos gratuitamente pelo Centro Municipal de Cardiologia.Hoje, sua esposa Lenilda Penha Nogueira de Souza, de 58 anos, respira aliviada por ter o marido em casa.

—Se não fosse Deus e se não tivesse essa equipe que tem no Centro Municipal de Cardiologia, eu hoje não estaria com meu marido. Foi uma bênção de Deus, agradeço muito a quem criou esse Centro e por colocar pessoas que trabalham aqui dentro, que têm amor ao que fazem. Quando meu marido começou a apresentar os problemas de saúde, eu fiquei desesperada, porque eu achava que meu marido não ia aguentar. Mas aqui recebemos todo o suporte e até hoje meu marido é acompanhado pela doutora Gabriela, que é uma bênção em nossas vidas— destacou Lenilda, ressaltando que a partir da consulta e de exames feitos no local, o marido recebeu todos os encaminhamentos para uma cirurgia de ponte safena e a colocação de uma válvula no Hospital Escola Álvaro Alvin, em Campos.

O Centro Municipal de Cardiologia funciona na Rua do Sacramento, 146, no centro da cidade, perto da agência dos Correios. O atendimento é de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h e aos sábados dependendo da demanda. Os pacientes são encaminhados pela regulação, a partir da indicação médica feita nas unidades de Saúde de todo o município. O Centro concentra todo o atendimento cardiológico do primeiro distrito e proximidades, mas a população continua tendo acesso a consultas da especialidade nas unidades de Mato Escuro e Barcelos. Em caso de necessidade de exames mais específicos, os pacientes são encaminhados ao Centro de Cardiologia.

Foi o que aconteceu com Geíza Rosa Nascimento, de 55 anos, moradora de Barcelos, e com Maria Auxiliadora de Souza, 42 anos, do Açu. Geíza já esteve no Centro de Cardiologia mais de uma vez, inclusive para atendimento da filha de 32 anos, portadora de deficiência. “Satisfação total com o atendimento que recebemos. Estou aqui para fazer uma ultrassonografia”, disse.

Já Maria Auxiliadora começou a sentir alterações na pressão arterial e buscou atendimento no quinto distrito, sendo encaminhada para a realização do holter, que é um exame de monitoramento contínuo do ritmo cardíaco realizado através de um aparelho portátil que o paciente utiliza por um dia inteiro. “Estou morando há quatro meses no Açu e estou satisfeita com o atendimento que recebi na Saúde, logo marcaram o exame. Sem contar, a facilidade que a gente tem para se locomover de graça no ônibus que vem do Açu para cá”, comentou.

Fonte: Secom