No Dia Nacional do Ciclista, lembrado hoje, 19, a organização não governamental (ONG) Rodas da Paz e o Departamento de Trânsito de Brasília (Detran) ofereceram um café da manhã aos ciclistas que seguiam para o trabalho no centro da capital federal. Também foram entregues kits com orientações, adesivos e materiais refletivos para serem usados nos passeios de bicicleta.
O conselheiro da Rodas da Paz Jonas Bertucci destacou que a data foi estabelecida em homenagem ao biólogo Pedro Davison, morto no Eixo Rodoviário de Brasília no dia 19 de agosto de 2006 após ser atropelado por um motorista embriagado e em alta velocidade. O caso é considerado um marco pela ONG por se tratar do primeiro crime de trânsito no Distrito Federal (DF) em que o motorista foi condenado por crime doloso – quando há intenção de matar.
“A gente está aqui, por um lado, celebrando os benefícios do uso da bicicleta e, por outro, lembrando as vítimas do trânsito”, disse. “A bicicleta é um veículo barato, acessível para qualquer pessoa, de qualquer idade. É prático, econômico, não polui e traz uma série de benefícios para a cidade e para as pessoas”, completou.
O veterinário Bruno Leite, 33 anos, contou que utiliza a bicicleta como meio de condução praticamente todos os dias – para ir ao trabalho, à academia e também para passeios. Mesmo em momentos de lazer, ele lembrou da importância do uso de acessórios como capacete e óculos e de alguns cuidados a serem tomados.
“Hoje em dia, a gente ainda está em uma fase de convivência com a cidade que não é tão estruturada. Tento usar a ciclovia sempre que possível, mas alguns pontos de travessia não estão bem sinalizados, além de carros que não estão atentos”, explicou. “A atenção deve estar sempre redobrada.”
José Pereira Barbosa, 58 anos, saiu de Natal acompanhado do filho com o intuito de conhecer Brasília. Na bagagem, o artesão leva duas bicicletas, devidamente desmontadas para serem despachadas no avião e usadas em passeios turísticos na capital federal.
“Desde crianças, vamos aos ferros-velhos, montamos bicicletas e exploramos vias. É uma maneira de turismo diferente, onde a gente aprende muito mais. Dentro de um carro ou de ônibus a gente perde muita coisa”, contou.
O filho do artesão, Kaio Barbosa, 18 anos, é só elogios ao falar da experiência de conhecer o país acompanhado do pai e de suas bicicletas. “Não há nada igual e é qualidade de vida. Não é a primeira viagem que faço com o meu pai e quero continuar. Mas é importante saber onde há ciclovias, prestar atenção nos carros sempre e sempre sinalizar o que vai fazer”, alertou o estudante.
Fonte: Agência Brasil