Leandro Matheus Marins, 28 anos, já estava preso desde julho
O assassino da universitária Luiza Mariano da Silva, morta dentro da lavanderia em que trabalhava, em Itapoã, Vila Velha, foi condenado pela Justiça a 20 anos de prisão. Leandro Matheus Marins, 28 anos, foi preso em julho, e recebeu a sentença na tarde desta quarta-feira (4) no Fórum de Vila Velha.
PROTESTO
A família da universitária realizou um protesto na frente do Fórum de Vila Velha, na tarde desta quarta-feira (4), no bairro Boa Vista. A primeira audiência sobre o caso, que estava marcada para as 14h30, começou às 15 horas no local. Com cartazes e emocionados, os familiares de Luiza pediam por justiça. O pai da jovem, Paulo Gomes da Silva, contou que tem sido muito difícil conviver com a perda da filha.
– Quero justiça. Sei que nada disso vai trazer minha filha de volta, mas eu quero justiça para esse monstro ficar um bom tempo preso e ninguém passar o que estamos passando. Minha menina era um anjo e esse monstro fez essa covardia -, disse o p
A prima de Luiza, Marcela Santos, trabalhava na mesma rede de lavanderia, mas depois do crime, abandonou o serviço e os estudos para voltar para o Rio de Janeiro onde mora a família. “Tudo que queremos é justiça. A Luiza não merecia isso, ninguém merece na verdade. Ela era uma menina nova, tinha um futuro, uma vida inteira pela frente”, lamentou Marcela.
Os familiares e a imprensa foram impedidos de entrar na audiência de instrução e julgamento. A mãe da universitária foi a única pessoa que o juiz liberou a entrada.
O CRIME
A universitária Luiza Mariano, de 23 anos, foi encontrada morta dentro do banheiro de uma lavanderia na Rua Belo Horizonte, em Itapoã, Vila Velha, no dia 29 de junho. O corpo da vítima possuía marcas de agressões físicas e também perfurações causadas por golpes de faca. Ela estava sozinha na hora do crime e teve o celular levado pelo assassino, que trancou a porta depois do crime.
Segundo familiares da vítima, a jovem era funcionária da lavanderia havia dois meses e tinha saído cedo de casa para mais um dia de trabalho. A mãe dela foi ao local para levar almoço para a filha e viu o estabelecimento fechado. Um tio de Luiza foi acionado, chamou um chaveiro e conseguiu entrar. O corpo da jovem estava dentro do banheiro.
Natural de São João da Barra, no Norte do Rio de Janeiro, a jovem cursava Psicologia na Universidade Vila Velha.
ASSASSINO CONFESSA O CRIME
Foi preso no dia 7 de julho o assassino da universitária Luiza Mariano da Silva, 23 anos, morta dentro da lavanderia em que trabalhava, no bairro Itapoã, em Vila Velha.
Leandro Matheus Marins Silva, de 28 anos, confessou o crime. Ele é marido de uma ex-funcionária da lavanderia. Segundo o delegado Janderson Lube, titular da Delegacia Especializada de Homicídio Contra a Mulher (DHPM), Leandro teria ido ao local atrás do dono do estabelecimento cobrar uma dívida da esposa referente à verba de rescisão do contrato dela.
O QUE O ASSASSINO DIZ
Segundo Leandro, na noite anterior ao assassinato, ele ingeriu bebidas alcoólicas e usou cocaína. Depois, já de dia, foi uma primeira vez à lavanderia, por volta das 9 horas da manhã, à procura do proprietário do estabelecimento. Lá encontrou Luiza, que informou a Leandro que o patrão não estava no local. Ele pediu o telefone do proprietário, mas Luiza negou a informação.
Ainda de acordo com o assassino, por volta das 10h40, ele retornou à lavanderia e pediu novamente o telefone do dono do estabelecimento e Luiza disse que não passaria. Naquele momento ele pediu que Luiza pegasse uma sombrinha e um chinelo que pertenciam à esposa dele (ex-funcionária do local). Quando Luiza pegou uma sombrinha e mostrou, ele disse que não era aquela. Luiza voltou ao banheiro para procurar e Leandro se aproveitou para dar um golpe de ‘gravata’ na vítima, a derrubando.
Luiza tentou se defender e pegou um objeto perfurante. Só que Leandro usou um fio de ventilador para enforcar a vítima e tomar o objeto cortante das mãos dela, dando três golpes no pescoço de Luiza. Em seguida, ele pegou o dinheiro do caixa, o celular da vítima e fugiu. O assassino diz que jogou o aparelho no canal de Itapoã, próximo ao local do crime.
Fonte: Gazeta Online
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