Uma ação de fiscalização da Defesa Agropecuária interditou estabelecimento irregular de criação de aves e produção de ovos, que colocavam em risco a sanidade animal e o consumidor, ontem, 16.
De acordo com a legislação vigente, todos os estabelecimentos que criam aves devem obedecer as normas de biosseguridade, visando evitar riscos sanitários para os animais e a população.
A empresa, que já havia descumprido notificação prévia para a regularização, foi denunciada no Ministério Público estadual. Técnicos do Serviço Veterinário Oficial da Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento – SEAPPA, estiveram no local e constataram diversas irregularidades na granja.
Além do descumprimento da legislação que trata da obrigatoriedade de registro do estabelecimento avícola, as aves não possuíam origem comprovada, havia condições de higiene precárias no local, com animais mortos e a comercialização clandestina de ovos para os municípios das regiões norte e noroeste, sem o devido registro e inspeção sanitária.
Cerca de oito mil aves foram encaminhadas para o abate sanitário, em abatedouro registrado na Coordenadoria de Inspeção de Produtos de Origem Animal, e mais de 20 mil ovos descartados em aterro sanitário, visando resguardar a saúde pública.
O Brasil está em alerta máximo para as medidas de prevenção da Influenza Aviária. Isto inclui a fiscalização dos estabelecimentos produtores de aves e do trânsito de espécies suscetíveis.
A Influenza Aviária é uma zoonose grave, que pode causar enormes prejuízos econômicos se for diagnosticada em granjas comerciais. A manutenção adequada dos galpões, com telas e isolamento que impeçam a entrada de aves silvestres, é uma das medidas preconizadas pela legislação e exigida para o funcionamento dos criatórios.
São João da Barra é o município fluminense com o maior número de casos positivos para a Influenza Aviária, só registrados em aves migratórias, até o momento.
A ação, realizada pelos Núcleos de Defesa Agropecuária de Campos, Macaé, São Francisco de Itabapoana e Tanguá e contou ainda com o apoio da Polícia Militar e das secretarias municipais de Agricultura, Meio Ambiente e Segurança Pública de São João da Barra.