A Secretaria de Saúde confirmou, nesta segunda-feira (30), que três novos casos da variante Delta foram identificados no município. A cepa do novo coronavírus foi encontrada em amostras biológicas de dois idosos, de 80 e 66 anos, e um homem de 39 anos, que foram analisadas pelo Central de Saúde Pública do Rio de Janeiro Noel Nutels (LACEN/RJ). Com as novas confirmações, sobe para quatro o número de campistas infectados com a Delta. O primeiro caso foi de um campista de 32 anos que testou positivo após desembarcar da Índia, em maio.
As amostras dos três pacientes, coletadas entre os dias 8 e 10 de agosto, fazem parte do estudo do Núcleo de Vigilância Epidemiológica do Hospital Ferreira Machado (HFM), coordenado pela Vigilância Epidemiológica e Superintendência de Informações Estratégicas de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual de Saúde. Os pacientes de 80 anos e 39 anos já receberam alta hospitalar. O primeiro está com esquema vacinal completo, enquanto que o segundo não há registro de vacina. Já a idosa de 66 anos encontra-se internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Ela tem registrado somente a primeira dose da vacina.
“Após receber a confirmação laboratorial da circulação da Delta no município, o Departamento de Vigilância Epidemiológica, da Subsecretaria de Atenção, Básica, Vigilância e Promoção da Saúde (Subpav) instruiu a equipe da vigilância epidemiológica para disparo de ações de investigação de contatos, cartão de vacina em dia e término de esquema de vacinação em contatos não vacinados, explica Charbell Kury.
A Delta é 97% mais transmissível que a cepa original, a SARS-CoV-2 e, altamente é a responsável pelo aumento de casos do novo coronavírus e da pressão da rede de assistência pública e privada em várias cidades do Estado do Rio. Desta forma, a Secretaria Municipal de Saúde orienta a população a manter as medidas de prevenção como uso de mascaras, higienização corretas das mãos, além de manter o distanciamento social.
Charbell destaca a importância de tomar a dose de reforço da vacina contra Covid-19 porque a eficácia do imunizante foi comprovada a partir de análises realizadas com as duas aplicações. “A pessoa que não completa o esquema vacinal fica mais vulnerável à infecção, principalmente de novas variantes, do que aquela que recebeu as duas doses, ou seja, além de se expor ao risco de ser contaminado e adoecer, esse indivíduo não ajuda a controlar a circulação do vírus”.
Sequenciamento — Além do estudo realizado pelo Núcleo de Epidemiologia do Hospital Ferreira Machado, que é feito por meio do sequenciamento genético de amostras coletadas nos pacientes, o município também mantém parceria com Instituto de Biodiversidade e Sustentabilidade (NUPEM/UFRJ) de Macaé com objetivo de identificar, de forma precoce, as novas variantes da Covid-19. Ainda, há o trabalho do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) que faz o monitoramento desses pacientes.
Fonte: Ascom