A Prefeitura de Campos dos Goytacazes contabilizou ontem, 05, mais nove óbitos por Covid-19, dentre elas uma vítima de 23 anos. As mortes confirmadas são seis homens e três mulheres, com idade entre 23 e 84 anos, e ocorreram uma em setembro, uma em outubro e em dezembro de 2020. Outras cinco ocorreram em fevereiro e uma em março de 2021. Sete apresentavam algum tipo de comorbidade.
De acordo com o boletim deste sábado, 06, são 21.616 casos confirmados, 19.744 recuperados, 763 óbitos, 58.525 síndrome gripal (SG), 2.916 internações com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), além de 40,17% de leitos ocupados UTI, 42,96% na ocupação Clínica Médica e o total de vacinados até esta sexta-feira (05) são de 19.749. Não há até o momento pacientes na fila de espera por leitos de UTI Covid.
O município está na Fase Amarela, ou seja, nível 3 do Plano de Retomada das Atividades Econômicas e Sociais.
A orientação da Subsecretaria de Atenção Básica, Vigilância e Promoção da Saúde é que a população deve seguir as recomendações de distanciamento social, evitando ambientes com aglomerações, manter os cuidados de prevenção, como lavar bem as mãos, usar máscara e álcool 70%.
Campos foi incluída entre as 17 cidades onde estaria circulando uma das variantes do novo coronavírus, segundo estudo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), houve um sinal de alerta na Subsecretaria de Atenção Básica, Vigilância e Promoção da Saúde, com a incidência de mortes entre pessoas mais jovens. Em fevereiro, duas pessoas de 27 e 33 anos morreram por conta da Covid 19 em Campos.
O subsecretário Charbell Kury declarou ao site Campos 24 horas que as vítimas de faixas etárias mais baixas podem estar relacionadas à variante do novo coronavírus. Charbell lembrou que Campos firmou um convênio com o Instituto de Biodiversidade e Sustentabilidade (Nupem/UFRJ) de Macaé para fazer o sequenciamento de amostras de pacientes graves a fim de tentar identificar, de forma precoce, as novas variantes da Covid-19, que estão surgindo em várias regiões do país.
As mortes de jovens não ocorrem apenas em Campos. “O momento atual da pandemia no Brasil está sendo marcado pelo aumento da frequência com que pessoas abaixo de 55 anos e sem comorbidades dão entrada nos pronto-socorros e nas unidades de terapia intensiva com quadros graves de Covid-19”, disse o secretário estadual da Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn.
— O aspecto clínico dos pacientes é diferente daquele que víamos na primeiro onda. Antes eram idosos e portadores de doenças crônicas, o que chamamos de comorbidade. Hoje 60% são mais jovens, na faixa de 30 a 50 anos, sem doença prévia. E o tempo que estão ficando na UTI é maior. Tínhamos antes média de 7 a 10 dias de internação, agora está em 14 a 17 dias de internação no mínimo em UTI — declarou Gorinchteyn.
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