Os franceses vão às urnas neste domingo, 23, para decidir o novo presidente sob forte esquema de segurança. Uma operação de guerra foi montada para que os candidatos pudessem votar neste domingo. Até o meio-dia (horário local, 7h de Brasília), a participação do eleitorado chegou a 28,54%, número muito similar ao do último pleito, há cinco anos, indicou neste domingo o Ministério do Interior da França. Em 2012, nesse mesmo horário, tinham votado 28,29% dos eleitores, em eleições que acabaram com uma forte participação, de quase 80%.
O candidato de extrema esquerda à presidência da França Jean-Luc Mélenchon votou na Câmara Municipal do 10º distrito de Paris acompanhado de seus principais colaboradores de campanha. Sorridente e bem tranquilo, Mélenchon depositou seu voto na urna após ter se tornado a grande surpresa em uma campanha que o levou a quase 20% das intenções de voto nas pesquisas.
A exemplo dos outros candidatos que já votaram – o social liberal Emmanuel Macron, o conservador François Fillon e a ultradireitista Marine Le Pen -, a chegada de Mélenchon ao colégio eleitoral aconteceu sob fortes medidas de segurança.
A candidata ultradireitista à presidência de França Marine Le Pen votou neste domingo no primeiro turno das eleições em seu reduto eleitoral de Hénin-Beaumont, no norte do país, onde também pretende continuar durante todo o dia. Acompanhada do prefeito da cidade, Steeve Briois, também da Frente Nacional (FN), Marine votou em meio a uma grande expectativa da imprensa
O presidente da França, François Hollande, votou em seu reduto eleitoral de Tulle, no departamento de Corrèze (centro do país), nas eleições presidenciais marcadas por sua renúncia a concorrer à reeleição. Hollande votou logo depois das 10h (horário local, 5h em Brasília) em um colégio eleitoral de Tulle, localidade da qual foi prefeito, e onde conta com um forte apoio popular.
O presidente anunciou no dia 1º de dezembro que não tinha intenção de concorrer à reeleição para um novo mandato, devido a seus fortes índices de impopularidade. A decisão de Hollande representou um marco na 5ª República francesa (instaurada em 1958), ao se tornar o primeiro presidente que desiste de concorrer à reeleição. Seu correligionário e candidato pelo Partido Socialista, Benoît Hamon, que segundo as pesquisas deve ser o grande derrotado deste primeiro turno das eleições, votou praticamente na mesma hora que Hollande em Trappes, na periferia de Paris.
Fonte: Veja