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Ceará – Dentro das quatro linhas, a rivalidade entre Brasil e México é maior do que sugere a tradição do adversário desta terça da Seleção, pelo Grupo A da Copa, às 16h, no Castelão. Mas no campo cultural, principalmente na TV, os dois países estão sintonizados. Além das dramáticas novelas mexicanas, o seriado Chaves, há décadas, une os dois povos desde o berço. E para Neymar & Cia transformarem a sede de revanche em motivação, terão que dar um bico na frase “a vingança nunca é plena, mata a alma e a envenena”, de Seu Madruga.

Quando o assunto é futebol, algumas lembranças, para os brasileiros, são mais doloridas do que qualquer tapa da Dona Florinda e deixaram cicatrizes maiores do que os galos e hematomas provocados pelos cascudos e beliscões do Seu Madruga. E nem adianta chorar e se esconder no barril para esquecer.

Marcelo que o diga. Com ele, o México não tem paciência. Em 2005, o camisa 6 perdeu, no Peru, a final do Mundial Sub-17 para os rivais da América do Norte, por 3 a 0, com show de Giovani dos Santos. Sete anos depois, o lateral-esquerdo, Thiago Silva, Hulk, Oscar e Neymar foram derrotados pelo mesmo adversário na decisão olímpica, em Londres: 2 a 1.

Chaves tem na Seleção as primeiras gerações de fãs brasileiros. A estreia da criação de Roberto Bolaños data de 1971, um ano após o primeiro Mundial no México, quando o time de Pelé, Jairzinho e Tostão conquistou o tricampeonato. No entanto, o seriado só chegou por aqui em 1984, no programa do palhaço Bozo, no SBT. E alegrou a infância dos jogadores convocados por Felipão, todos nascidos entre 1979 e 1992.

Que o seriado, no entanto, não sirva ao time do Brasil como referência, já que os personagens não tinham intimidade com o futebol. Chaves e Quico, por exemplo, sonhavam em ter uma bola quadrada, apesar de citarem frequentemente, na versão com dublagem paulista, o ex-zagueiro da Seleção Luís Pereira como ídolo.

Fonte: O Dia