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Foto: Divulgação

O atraso no convênio da unidade hospitalar Santa Casa de Misericórdia de São João da Barra, criada em 1873, poderá acarretar na paralisação dos serviços em curto prazo. As parcelas dos meses de outubro, novembro e dezembro de 2015 não foram pagas, mesmo assim foi firmado o convênio 015/2016 com o município, sendo este um estímulo para manter a estrutura em funcionamento pleno.

Através de uma nota, o hospital criado em 21 de novembro de 1873 poderá ter um destino trágico neste ano caso não haja alternativas eficientes para o seu suporte econômico e financeiro.

– Firmados os convênios 2015 e 2016, deveres e direitos foram definidos. A não cobertura financeira da estrutura pelo Poder Municipal, pendentes até hoje, nos trouxe uma dívida certa e tamanha. Iniciamos a desativação do hospital. Não há como suportar tal situação. Ou existe a imediata condição de se repor os valores não pagos, ou nos deparamos com a realidade da paralisação extrema das atividades. 143 anos de vida de uma instituição representam um acervo incontestável para uma cidade. O quadro da deformação de uma Santa Casa por ora vivenciado em São João da Barra, não pode ser encarado com uma simples questão de falta de avaliação -, diz nota.

Ainda em nota, diante de todos os esforços da diretoria onde sempre buscou alternativas para que medidas como essa não possa se tornar real.

– É de registro que, ao afirmar metas para atendimentos aos usuários do SUS e, igualmente, convênios que propiciem a oferta de serviços de saúde não oferecidos pela rede pública municipal, nossa responsabilidade é planejar e montar legítima estrutura médico-hospitalar, com naturais e regulares custos fixos, bem definidos, de modo a não prejudicar em nenhum momento a remuneração dos profissionais, a aquisição de suprimentos e a logística operacional -, diz a nota.

A diretoria da instituição diz, ainda, em nota que ou existe a imediata condição de se repor os valores não pagos, ou se depara com a realidade da paralisação extrema das atividades.

– O quadro de deformação de uma Santa Casa por ora vivenciado em São João da Barra, não pode ser encarado como uma simples questão de falta de avaliação. Não pode ser qualquer decisão sem a profundidade de responsabilidades. Estão aqui relatados os acontecimentos e as expectativas que muito machucam o brilho dos esforços de cidadãos sanjoanenses que se destacaram e esmeraram em benefício de manter o Hospital da Santa Casa em funcionamento nesses 143 anos. Lamentável! -, concluiu.

O secretário de Saúde, Klaus Lisboa Tavares, informou que não recebeu nenhum comunicado formal por parte da diretoria da entidade.

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Foto: Parahybano