Três dias de trabalho. Esse foi o tempo necessário para recuperar uma embarcação pesqueira que afundou na foz do rio Paraíba do Sul, em Atafona. O pescador e mergulhador Juliano Alcântara foi o responsável pela execução do serviço, que vai possibilitar o reparo do barco e que volte às suas atividades rotineiras em alto mar, dando oportunidade de emprego a, pelo menos, seis pescadores.
A embarcação “custou mas saiu”, estava fundeada no Paraíba. Apesar de o nível do rio não ser dos maiores, a água entrou no barco quando a maré subiu, deixando-o inclinado e comprometendo o motor.
A retirada não foi fácil. No primeiro dia, embora a água tenha sido puxada do interior da embarcação por uma bomba elétrica, ela não flutuou, como era esperado. Nova tentativa foi feita no dia seguinte, sendo mais uma vez infrutífera.
Juliano contou que usou galões vazios amarrados à embarcação enquanto a maré estava baixa já no terceiro dia. Quando a maré subiu, a pressão dos galões ajudou a levantar o barco.
— Fiquei indo à noite e tirando a água para tentar levantar o barco. Usei equipamentos da empresa de mergulho JRI serviços subaquáticos, consegui uma bomba emprestada com a empresa Camorim, o dono do barco conseguiu um gerador emprestado com o radialista Emilson Amaral, usei a canoa do pescador Antonio José e outras pessoas colaboraram para tirarmos o barco. Na execução do serviço, contei com o apoio do pescador Araci. Depois de três dias, retiramos a embarcação — relatou Juliano.
Apesar de ser um dos proprietários da empresa JRI serviços subaquáticos, que atua com esse tipo de serviço, Juliano não cobrou pela retirada do barco, feita solidariamente por ele e todos os que emprestaram os equipamentos utilizados. “Fiz para ajudar”, resumiu.
Fonte: Folha da Manhã